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ELEIÇÕES 2006
Nota média fica em 5,4, igual à de outubro; na Colômbia, presidente Lula diz que pesquisa interessa aos "outros" e não a ele
Avaliação do governo permanece estável
DA REPORTAGEM LOCAL
DO ENVIADO ESPECIAL A BOGOTÁ
Apesar da queda ou oscilação
negativa das intenções de voto do
presidente em todos os cenários, a
avaliação de seu governo permaneceu estável, segundo a pesquisa
Datafolha realizada anteontem e
ontem com 3.636 entrevistados.
Os que avaliam o governo como
"ótimo" ou "bom" representam
28% do total, fatia igual à verificada no levantamento realizado em
outubro. Os que avaliam a administração petista como "regular"
oscilaram de 42% para 41%. E os
que dizem que o governo é
"ruim" ou "péssimo" oscilaram
de 28% para 29%. A margem de
erro, a exemplo da pesquisa eleitoral, é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
No início da crise, em junho, levantamento do Datafolha apontava que para 35% dos entrevistados o governo era "ótimo" ou
"bom". Para 45% dos entrevistados, era "regular". A administração foi considerada ruim, naquela
ocasião, por 18%.
A nota média atribuída ao petista também permaneceu inalterada: de zero a dez, recebeu 5,4 (a
mesma verificada no levantamento dos dias 20 e 21 de outubro). A
nota máxima atingida por Lula foi
6,8, no início de seu mandato, em
2003. No final de maio deste ano,
logo após as primeiras denúncias
da existência do suposto esquema
do "mensalão", o conceito atribuído ao governo era 6,2.
Repercussão
Pouco antes de embarcar de volta ao Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desdenhou, em
Bogotá, na Colômbia, do resultado das pesquisas divulgadas.
"Pesquisa, por enquanto, interessa aos outros, não a mim", disse o
presidente, que publicamente
mantém uma posição de dubiedade em relação ao lançamento
de seu nome para a reeleição.
Mais cedo, ao lado do presidente colombiano, Álvaro Uribe, Lula
já havia mencionado, ainda que
indiretamente, as eleições de 2006
ao comentar o processo de integração da América do Sul.
"Se elegermos dirigentes que
não pensam além do seu umbigo
e comecem a ver nos seus vizinhos seus piores inimigos, nós retardaremos mais uma geração de
desenvolvimento no nosso continente", disse Lula, em declaração
conjunta depois de almoço na Casa de Nariño, sede do governo colombiano.
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