São Paulo, quinta-feira, 15 de dezembro de 2005

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ELEIÇÕES 2006

Nota média fica em 5,4, igual à de outubro; na Colômbia, presidente Lula diz que pesquisa interessa aos "outros" e não a ele

Avaliação do governo permanece estável

DA REPORTAGEM LOCAL
DO ENVIADO ESPECIAL A BOGOTÁ


Apesar da queda ou oscilação negativa das intenções de voto do presidente em todos os cenários, a avaliação de seu governo permaneceu estável, segundo a pesquisa Datafolha realizada anteontem e ontem com 3.636 entrevistados.
Os que avaliam o governo como "ótimo" ou "bom" representam 28% do total, fatia igual à verificada no levantamento realizado em outubro. Os que avaliam a administração petista como "regular" oscilaram de 42% para 41%. E os que dizem que o governo é "ruim" ou "péssimo" oscilaram de 28% para 29%. A margem de erro, a exemplo da pesquisa eleitoral, é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
No início da crise, em junho, levantamento do Datafolha apontava que para 35% dos entrevistados o governo era "ótimo" ou "bom". Para 45% dos entrevistados, era "regular". A administração foi considerada ruim, naquela ocasião, por 18%.
A nota média atribuída ao petista também permaneceu inalterada: de zero a dez, recebeu 5,4 (a mesma verificada no levantamento dos dias 20 e 21 de outubro). A nota máxima atingida por Lula foi 6,8, no início de seu mandato, em 2003. No final de maio deste ano, logo após as primeiras denúncias da existência do suposto esquema do "mensalão", o conceito atribuído ao governo era 6,2.

Repercussão
Pouco antes de embarcar de volta ao Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desdenhou, em Bogotá, na Colômbia, do resultado das pesquisas divulgadas. "Pesquisa, por enquanto, interessa aos outros, não a mim", disse o presidente, que publicamente mantém uma posição de dubiedade em relação ao lançamento de seu nome para a reeleição.
Mais cedo, ao lado do presidente colombiano, Álvaro Uribe, Lula já havia mencionado, ainda que indiretamente, as eleições de 2006 ao comentar o processo de integração da América do Sul.
"Se elegermos dirigentes que não pensam além do seu umbigo e comecem a ver nos seus vizinhos seus piores inimigos, nós retardaremos mais uma geração de desenvolvimento no nosso continente", disse Lula, em declaração conjunta depois de almoço na Casa de Nariño, sede do governo colombiano.


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