São Paulo, sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

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Bastos indica Tarso e Pertence como seus eventuais sucessores na Justiça

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

De saída do governo federal, o ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) afirmou ontem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve escolher seu substituto entre o colega Tarso Genro, coordenador político do Planalto, e o ministro Sepúlveda Pertence, do STF.
Thomaz Bastos disse que ontem mesmo Lula poderia lhe informar o nome do novo titular do ministério. O encontro dos dois, porém, foi cancelado, por conta de uma reunião de Lula com a equipe econômica.
"O que se fala é no ministro Tarso Genro, no ministro Sepúlveda Pertence, são os dois nomes que eu acredito em relação aos quais se tenha afunilado esse processo de escolha. Mas eu vou ter uma reunião com o presidente e ele deve me dar esse nome hoje [ontem] ainda, espero", disse Bastos, em entrevista pela manhã à Agência Brasil.
Mais tarde, falou a rádios sobre sua saída. "Eu paro. Paro porque quando vim para assumir essa honrosa função no Ministério da Justiça tinha combinado de ficar dois anos, acabei ficando quatro. Gostei demais do trabalho à frente do ministério, foi uma experiência importante, usar o poder para cumprir o dever, declarou.
Nas últimas semanas, Lula tem conversado com Bastos para tratar de seu sucessor. Além disso, avaliam em conjunto um nome para a direção-geral da Polícia Federal, hoje nas mãos de Paulo Lacerda.
O atual diretor, com a saída de Bastos, já avisou ao Planalto que pretende deixar o posto.
Ex-presidente do STF, Sepúlveda Pertence tem dito a amigos que não aceitaria um eventual convite de Lula para o cargo. Hoje, no Supremo, ele analisa, por exemplo, liminares que impedem o início das obras de transposição de parte das águas do rio São Francisco -uma das promessas de campanha de Lula.
Já Tarso Genro, fora dos atuais planos do presidente para permanecer na Secretaria de Relações Institucionais, tem ajudado Lula na composição do segundo mandato e nas conversas com os partidos da chamada "coalizão" de governo.
Está disposto a assumir a Justiça, mas seu histórico de recentes e apimentados ataques à oposição aparece hoje como um dos entraves à decisão do presidente.


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