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Bastos indica Tarso e Pertence como seus eventuais sucessores na Justiça
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
De saída do governo federal,
o ministro Márcio Thomaz
Bastos (Justiça) afirmou ontem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve escolher
seu substituto entre o colega
Tarso Genro, coordenador político do Planalto, e o ministro
Sepúlveda Pertence, do STF.
Thomaz Bastos disse que ontem mesmo Lula poderia lhe
informar o nome do novo titular do ministério. O encontro
dos dois, porém, foi cancelado,
por conta de uma reunião de
Lula com a equipe econômica.
"O que se fala é no ministro
Tarso Genro, no ministro Sepúlveda Pertence, são os dois
nomes que eu acredito em relação aos quais se tenha afunilado esse processo de escolha.
Mas eu vou ter uma reunião
com o presidente e ele deve me
dar esse nome hoje [ontem]
ainda, espero", disse Bastos, em
entrevista pela manhã à Agência Brasil.
Mais tarde, falou a rádios sobre sua saída. "Eu paro. Paro
porque quando vim para assumir essa honrosa função no Ministério da Justiça tinha combinado de ficar dois anos, acabei ficando quatro. Gostei demais do trabalho à frente do
ministério, foi uma experiência
importante, usar o poder para
cumprir o dever, declarou.
Nas últimas semanas, Lula
tem conversado com Bastos para tratar de seu sucessor. Além
disso, avaliam em conjunto um
nome para a direção-geral da
Polícia Federal, hoje nas mãos
de Paulo Lacerda.
O atual diretor, com a saída
de Bastos, já avisou ao Planalto
que pretende deixar o posto.
Ex-presidente do STF, Sepúlveda Pertence tem dito a
amigos que não aceitaria um
eventual convite de Lula para o
cargo. Hoje, no Supremo, ele
analisa, por exemplo, liminares
que impedem o início das obras
de transposição de parte das
águas do rio São Francisco
-uma das promessas de campanha de Lula.
Já Tarso Genro, fora dos
atuais planos do presidente para permanecer na Secretaria de
Relações Institucionais, tem
ajudado Lula na composição do
segundo mandato e nas conversas com os partidos da chamada "coalizão" de governo.
Está disposto a assumir a
Justiça, mas seu histórico de
recentes e apimentados ataques à oposição aparece hoje
como um dos entraves à decisão do presidente.
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