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Política industrial sai mesmo sem CPMF, afirma Miguel Jorge
DA REPORTAGEM LOCAL
DA FOLHA ONLINE
Apesar do fim da CPMF, o
projeto de política industrial do
governo será encaminhado ao
Congresso Nacional na segunda semana de janeiro de 2008,
segundo declarou ontem o ministro Miguel Jorge (Desenvolvimento) em São Bernardo.
Mesmo assim, disse Jorge, o
governo aguardará a definição
das medidas para compensar o
fim da contribuição para ver se
será necessário modificar alguns pontos da política. "Não
temos plano B, mas haverá
ajustes. A prioridade do governo é reduzir ao máximo a tributação sobre os investimentos."
A afirmação contradiz as declarações do ministro Guido
Mantega (Fazenda), que afirmou anteontem que a política
industrial seria suspensa por
conta do veto à contribuição.
De acordo com Jorge, haverá
uma reunião em Brasília na
próxima terça-feira para debater o assunto. "O presidente
[Luiz Inácio Lula da Silva] assegurou que não será por R$ 40
bilhões a menos que não teremos política industrial", afirmou em entrevista, se referindo ao valor que o governo perde
sem a arrecadação do chamado
imposto do cheque.
"Deve haver uma redução de
desonerações, mas ainda não
sabemos quanto", disse Jorge.
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