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Sindicatos rejeitam congelamento de salários para compensar fim da CPMF
AFONSO BENITES
DA REPORTAGEM LOCAl
A possibilidade de o governo
Lula congelar salários dos servidores após o veto do Senado à
prorrogação da CPMF desagrada a sindicalistas das três esferas de poder. Cinco dirigentes
-que representam cerca de 3,2
milhões de funcionários- afirmam que essa medida seria
uma retaliação do governo.
"Congelamento de salário é
um absurdo. Parece que o governo tem a intenção de colocar a oposição numa situação
constrangedora, já que estamos
nos aproximando de um período eleitoral", diz o presidente
da Associação dos Juízes Federais, Walter Nunes. "Não há de
se imaginar que a CPMF seja
fonte de custeio de remuneração dos servidores."
O presidente do Sindilegis
(Sindicato dos servidores do
Legislativo e do Tribunal de
Contas da União), Magno Correia, diz que isso "não tem nenhum cabimento". "A CPMF é
um tributo com destinação específica. Reduzir despesas que
não eram contempladas com os
recursos provenientes dessa
contribuição significará um
verdadeiro revide à decisão soberana dos senadores."
Para o secretário-geral da
Confederação dos Servidores
Públicos do Brasil, Sebastião
Gomes da Silva, "essa medida é
um tiro no pé. Se isso se consolidar o governo estará indo na
contramão do desenvolvimento. O servidor público é uma
das classes que mais faz circular dinheiro no Brasil", opinou.
"Não vamos pagar o pato por
essa derrota. Eles que cortem
recursos em outras áreas", diz o
coordenador da Federação Nacional dos Trabalhadores do
Judiciário Federal e do Ministério Público da União, Roberto
Policarpo. "Não acredito que ficaremos sem o reajuste anual.
Isso seria inaceitável", diz Pedro Delarue, do sindicato dos
auditores fiscais da Receita.
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