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Painel
VERA MAGALHÃES (interina) - painel@uol.com.br
Disputa na base
Geraldo Alckmin iniciou ofensiva sobre os subprefeitos tucanos de São Paulo a fim de fortalecer seu nome para a disputa eleitoral deste ano. Ele tem procurado os ocupantes dos cargos com o objetivo de ganhar fôlego num setor dominado por José Serra, entusiasta do projeto de reeleição de seu sucessor na
prefeitura, Gilberto Kassab (DEM). Das 31 áreas nas
quais o município é dividido, 22 são ocupadas por indicações do PSDB. O partido é responsável por 75%
do R$ 1,1 bi destinado às subprefeituras neste ano.
A ala tucana contrária à candidatura de Alckmin
também trabalha duro pela adesão de quem tem força
eleitoral nos bairros: articula o apoio em bloco dos 12
vereadores do partido à idéia de aliança com Kassab.
Lamparina. Crítico da demora do governo em alertar
para o risco de apagão, o DEM
resolveu usar suas principais
prefeituras como contrapontos. Kassab e Cesar Maia (RJ)
deverão lançar em breve planos de economia de energia
nas duas administrações.
Nota 10. Ameaçado de ter
que deixar o Ministério do
Trabalho por acumular a presidência do PDT, Carlos Lupi
preparou um relatório para
mostrar a Lula apontando que
conseguiu execução orçamentária recorde de 99,07%.
Segundo ele, o percentual de
investimento atingiu 99,45%.
Zerado. Em tempos de
ameaça de cortes, o Ministério do Desenvolvimento Social também comemora recorde de execução desde sua
criação: 99,4% dos recursos
de 2007 foram empenhados, e
98,5% efetivamente pagos.
Currículo 1. Remi Ribeiro
(PMDB-MA), o segundo suplente do senador Edison Lobão (PMDB-MA), foi multado
em dois processos pelo Tribunal de Contas da União quando era tesoureiro da Prefeitura de São Bento (MA). Todos
os recursos de defesa foram
rejeitados pelo tribunal.
Currículo 2. O primeiro
caso trata de desvio de verbas
do Ministério da Saúde para
erguer um posto de saúde. O
TCU concluiu que "os recursos não foram aplicados na finalidade do convênio". O segundo concluiu que houve
desvio de dinheiro destinado
a obras de asfaltamento.
Bagunça. A direção da Anac
se queixa da desorganização
deixada pela gestão de Milton
Zuanazzi. O registro de acidentes aéreos não era atualizado desde 4 de julho de 2007.
Não contabiliza nem a tragédia do AirBus da TAM nem a
queda do Learjet que matou
oito pessoas em São Paulo.
Aval. A cúpula do Ministério
da Justiça defende o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr., no episódio da
demissão de duas diretoras do
Departamento de Recuperação de Ativos. Para o secretário-executivo da pasta, Luiz
Paulo Barreto, não há ingerência política no órgão.
Tinindo. As indicações para
a diretoria da Eletronorte seguem em compasso de espera,
mas os dirigentes já assumirão de carro novo. A estatal
abriu concorrência para comprar cinco veículos.
Com voto. O antigo Campo
Majoritário do PT vai priorizar a indicação de parlamentares para o novo Diretório
Nacional. Em 2005, após o
mensalão, muitos deputados
e senadores preferiram ficar
de fora da vida partidária.
Outro lado. O presidente
do Senado, Garibaldi Alves
(PMDB-RN), afirma que foi
consultado pelo senador Edison Lobão (PMDB-MA) sobre
as denúncias contra seu filho
e o aconselhou, mas diz que
não agirá para ajudá-lo.
Visita à Folha. Eleno Bezerra, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos de São
Paulo e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Mogi
e Região, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de
Rivaldo Chinem, assessor de
comunicação.
Tiroteio
"O DEM está querendo mudar de base eleitoral?
Só falta agora começar a defender o MST."
Do deputado federal ANDRÉ VARGAS (PT-PR) sobre a ação direta de inconstitucionalidade do Democratas contra a medida provisória do governo que dá crédito de R$ 12,5 bilhões ao BNDES a fim de aumentar a
capacidade do banco de conceder empréstimos ao empresariado.
Contraponto
Lógica tucana
A cúpula do PSDB no Congresso aguardava na ante-sala
do STF, dias atrás, para protocolar uma ação contra o aumento do IOF quando o senador Tasso Jereissati (CE) resolveu reclamar das obras do novo anexo do Judiciário:
-Que obra malfeita, olha a tinta escorrida na parede!
O líder Arthur Virgílio (AM) comentou:
-É um exercício de lógica, Tasso, porque, se a obra é
pública, gasta-se muito dinheiro, e ela sai malfeita. Se é
privada, custa mais barato, e fica bem feita.
Diante da cara de interrogação dos colegas, Virgílio concluiu o raciocínio:
-Ou seja, a solução é privatizar o Supremo!
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