São Paulo, sexta-feira, 16 de março de 2007

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Com Saúde e Educação não se brinca, diz Lula

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

No momento em que costura os últimos ajustes da reforma ministerial, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que ignorou a questão partidária ao definir os ministros da Educação e da Saúde de seu segundo mandato. De acordo com o petista, foram utilizados os critérios da "competência" e da "capacidade" dos indicados.
"Eu acho que tem duas coisas que são fundamentais no Brasil: educação e saúde. A gente não brinca, a gente não partidariza e a gente monta o governo com as pessoas que têm competência, com as pessoas que têm capacidade de montar um bom governo, porque, na saúde, se você brincar, é morte; na educação, se você brincar, é analfabeto", afirmou.
Lula deu a declaração ao ser questionado sobre a opção de não entregar Educação ao PT paulista e tampouco dar a Saúde diretamente à bancada do PMDB na Câmara.
Lula manterá o técnico petista Fernando Haddad na Educação e nomeará hoje na Saúde o sanitarista José Gomes Temporão, recém-filiado ao PMDB e apadrinhado pelo governador do Rio, Sérgio Cabral.
Em quase todos os outros ministérios, como na Integração Nacional e na Agricultura, o que prevaleceu foram os acordos políticos, troca de apoio.
Hoje, Lula dá início de fato às mudanças de peso no ministério, com a nomeação de três ministros de primeiro escalão. Além de Temporão, Lula dará posse pela manhã, em cerimônia no Palácio do Planalto, a Tarso Genro (PT) na Justiça e a Geddel Vieira Lima (PMDB) na Integração Nacional.
Ontem, o presidente reuniu representantes dos 12 partidos que integram o chamado conselho político do governo -PC do B, PDT, PMDB, PP, PR, PRB, PSB, PSC, PT, PTB, PV e PAN. Prometeu a eles que até o final da semana que vem concluirá a "montagem do time" de seu segundo mandato no Planalto.
Entre os aliados, o PDT deve ficar com a Previdência Social, PP, com Cidades, e PR, com Transportes. O PSB, por exemplo, espera a definição de Lula sobre a criação de um ministério para cuidar de portos e aeroportos. (EDUARDO SCOLESE E PEDRO DIAS LEITE)

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