São Paulo, sexta-feira, 16 de março de 2007

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Marta tenta definir tática contra "fritura"

DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy se reuniu ontem à noite na capital paulista com seu grupo político para decidir sua estratégia em relação ao que chamou de "processo de fritura" a que vem sendo submetida pelo presidente Lula.
Até o início da noite de ontem, Marta, de acordo com seus aliados, não havia recebido um convite do Planalto para ocupar um ministério, mesmo que o do Turismo, inicialmente fora dos planos da ex-prefeita.
Ainda segundo os aliados de Marta em São Paulo, Lula estaria adiando ao máximo o convite na esperança de que ela desista publicamente da condição de ministeriável.
Mas a ex-prefeita, que evita dar declarações sobre o assunto até que seu nome seja confirmado, só desistirá de ocupar um ministério se for vetada por Lula.

Walfrido
Lula confidenciou a auxiliares ontem que sua tendência era manter o plano original de colocar Walfrido Mares Guia (Turismo) na pasta de Relações Institucionais.
O presidente cogitava transferi-lo para o ministério do Desenvolvimento, diante da dificuldade de encontrar um nome para substituir Luiz Fernando Furlan. Chegou a sondá-lo, mas houve reação de deputados da base aliada.
Parlamentares do PMDB, PR e PTB reclamaram com Lula de que o PT estaria pressionando pela ida de Walfrido para o lugar de Furlan de olho na manutenção da articulação política.
Walfrido prefere Relações Institucionais a Desenvolvimento, mas disse ontem a Lula que acatará sua decisão.
A nova partilha de ministérios entre os aliados já provoca reclamações entre as siglas que se sentiram escanteadas pelo espaço dado ao PMDB e ao PT.
"Não podemos tapar o sol com a peneira. A maioria esmagadora do PSB está descontente. Ninguém se sente tranqüilo quando as coisas não têm solução. Ele [Lula] tem que dizer o que quer. O método está errado", disse o líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS).
Se, por um lado, alguns reclamam, outros fazem promessas antes mesmo de assumir o cargo.
"Vou trabalhar para acabar com as filas do INSS. É preciso criar mais postos [de atendimento], mas não é simples", afirmou o presidente do PDT Carlos Lupi, virtual futuro ministro da Previdência.


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