São Paulo, sexta-feira, 16 de março de 2007

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Ministra do STF inova ao usar calça comprida em sessão plenária do órgão

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Segunda mulher a integrar o STF (Supremo Tribunal Federal), a ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha quebrou ontem a tradição e, pela primeira vez, usou calça comprida durante a sessão plenária. Ela estava com calça e blazer pretos e um colar de pérolas.
Desde maio de 2000, esse traje já é adotado por deputadas, senadoras, advogadas, jornalistas e demais mulheres interessadas em assistir a sessões plenárias. Até ontem, nenhuma ministra tinha aberto mão do traje feminino tradicional, o vestido ou a saia.
A tradição contrária ao uso da calça comprida como traje feminino existe desde 1828, quando o órgão foi criado, com o nome de Supremo Tribunal de Justiça. Somente em 2000, o STF liberou o uso da calça por mulheres e, coincidentemente passou a ter mulheres na sua composição.
A presidente do STF, Ellen Gracie Northfleet, chegou ao tribunal em dezembro de 2000, mas não quis inovar nesse quesito. Ela restringe o uso da calça comprida às segundas, terças e sextas, dias em que não há sessão plenária.
Pouco antes de assumir o cargo no STF, em 2000, avisou que seguiria a tradição, em respeito ao "código" segundo o qual a elegância feminina estaria relacionada ao uso de saia ou vestido. "Ainda me apego a códigos démodés", disse durante entrevista. Ontem, ela elogiou a elegância da colega quando se encontraram.
O STF condicionou o uso da calça comprida ao do blazer. Cármen Lúcia disse que dispensaria o uso do blazer se a temperatura do plenário não fosse tão baixa, em torno de 17 graus. (SILVANA DE FREITAS)


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