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Grupo de trabalho para G20 deve ter mais países
Segundo assessor de Lula, debate envolve parceiros
ANDREA MURTA
DE NOVA YORK
Um dia após o encontro dos
presidentes Luiz Inácio Lula da
Silva e Barack Obama, na Casa
Branca, o assessor especial da
Presidência, Marco Aurélio
Garcia, afirmou ontem em Nova York que o grupo de trabalho
que deverá ser formado com os
Estados Unidos em preparação
para a reunião do G20 não será
o único.
Haverá outros grupos com
"países com os quais o Brasil
tem mais afinidade, para podermos chegar o mais apurados
possível" ao encontro, disse.
O assessor reforçou a posição
do presidente Lula de que o
problema principal a ser resolvido no G20 "é saber como vai
ser coordenada a ação no interior de cada um dos países com
aquela que tem que ser tomada
globalmente". "Como o presidente disse ontem, o pepino
maior está aqui [nos EUA]."
O próximo encontro do G20,
no início de abril em Londres,
reunirá países ricos e os principais em desenvolvimento para
discutir uma resposta coordenada à crise financeira global e
a reforma das regulamentações
aos mercados.
A fala de Garcia sobre novos
grupos de trabalho foi entendida como um recado para acalmar parceiros brasileiros na
América do Sul, por ter relativizado a importância estimada
do trabalho com o presidente
Obama. Ele não citou quais países seriam contemplados.
O assessor minimizou o fato
de o encontro entre os dois líderes não ter terminado com
acordos formais, principalmente a respeito da taxação do
álcool brasileiro nos EUA.
"Nosso interesse era basicamente discutir relações bilaterais, nossa visão do quadro latino-americano e energia. O fato
de ontem [sábado] não ter sido
resolvido o corte das alíquotas
para combustíveis é absolutamente secundário."
Segundo Garcia, é "evidente"
que a questão da taxação "não
seria resolvida num sábado de
manhã no Salão Oval". Mas ele
afirmou ter sido importante
evocar o assunto, e disse que
também tratou do tema em encontros que manteve em Washington. Para o assessor, o protecionismo, uma das maiores
preocupações brasileiras, deverá diminuir, facilitando assim a
queda das alíquotas ao combustível.
Até o fechamento desta edição, Lula não havia deixado o
Hotel Plaza, onde está hospedado em Nova York. No local,
ele participará hoje do seminário "Brasil: Parceiro Global em
uma Nova Economia" ao lado
dos ministros da Fazenda, Guido Mantega, da Casa Civil, Dilma Rousseff, dos presidente do
Banco Central, Henrique Meirelles, do BNDES, Luciano
Coutinho, e da Petrobras, José
Sérgio Gabrielli, entre outros.
Colaborou FERNANDO CANZIAN , de Nova York
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