São Paulo, terça-feira, 16 de março de 2010

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Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br

Sem paz


Lula no "Haaretz", boicotado pelo chanceler

No meio do dia, nos enunciados da ampla cobertura pela BBC Brasil, manchete para "O vírus da paz está comigo, diz Lula em Israel". Também "Lula defende ouvir mais gente no processo de paz" e "Em viagem política, Lula busca dar mais voz ao Brasil no Oriente Médio". Não era muito diferente dos despachos por AFP, "Lula sonha com paz no Oriente Médio", Bloomberg e outras agências.

 

Porém, de passagem na BBC Brasil, "Israel propõe ida de Lula a túmulo de sionista e gera mal-estar", pois não teria feito o mesmo com outros mandatários. Não demorou e a manchete on-line do israelense "Haaretz" dizia que o chanceler "Lieberman boicota visita por causa da recusa" brasileira em homenagear o fundador do sionismo. O Ynetnews, site do "Yediot Ahronot", acrescentou que foi "também pela ligação com o presidente iraniano". E foi o que ecoou por UOL, G1 e outros, por aqui.
Já o "Jornal Nacional" ressaltou que a "posição em relação ao Irã provoca críticas" a Lula, de modo geral.



CINEMA & TV
No site do "Wall Street Journal", "Brasil mira propriedade intelectual em conflito por algodão dos EUA". Abrindo a reportagem de Gerald Jeffris e Jeff Fick, de Brasília, com a nova lista para eventual retaliação o Brasil "eleva as apostas" -embora o Itamaraty insista que é só para estimular "setores interessados" a pressionar Washington. Reuters e Bloomberg destacam que o país seria o primeiro a usar as sanções permitidas pela OMC.
No texto do "Diário Oficial", a retaliação incluiria o "licenciamento de direitos de obras audiovisuais sem autorização do titular". Na mira, cinema e TV.



BOLETIM
Na manchete do Drudge Report, "EUA e Reino Unido mais perto de perderam a nota AAA". Abrindo o despacho da Bloomberg para a ameaça da agência de classificação de risco Moody's, os dois países estão "substancialmente" perto de terem suas notas reduzidas.
O relatório foi também submanchete on-line do "New York Times", também ressaltando a expressão usada, "substancialmente" -e lembrando que os EUA são AAA desde a primeira avaliação, em 1949.

EIKE E OS EUA
Em meio aos questionamentos sobre a viabilidade do sistema político em Washington, o "NYT" deu a longa reportagem "EUA só concordam em uma coisa: a capital é partidarizada [ou polarizada] demais". Além da comparação com a China, o jornal desta vez ressaltou declarações do bilionário Eike Batista, lamentando o "engarrafamento político" nos EUA:
"No Brasil, nosso presidente pode implementar medidas de emergência [e foi assim que o país saiu da crise financeira] mais rapidamente do que todo o mundo".

KRUGMAN E A CHINA
Na manchete de papel do "WSJ", "China fala grosso com EUA", em defesa do yuan, contra o "protecionismo comercial" que cobra a valorização da moeda.
Já o "NYT" destacou que a "China usa regras do comércio global para tirar vantagem". O colunista Paul Krugman foi além e propôs que os EUA "enfrentem a China". Descrevendo como um "absurdo" a defesa do yuan, ele cobra que o governo Obama parta para uma "política dura" e imponha tarifa de até 25% sobre a importação de produtos chineses.



JOGOS ELEITORAIS
Por Valor Online, Bloomberg e outros, o Bank of America Merril Lynch avaliou ontem que, "surpreendentemente, a volatilidade atual é substancialmente menor que em 2006, quando Lula era um claro favorito". Em suma, o banco diz que "não é possível que o período seja tão tranquilo" e "os investidores não estão sendo compensados pelo risco eleitoral" de José Serra e Dilma Rousseff. Sugere que eles se defendam de um eventual "tombo" do real, na campanha, com derivativos cambiais.
Na semana passada, o mesmo Bank of America já havia sugerido trocar dívida brasileira por mexicana, diante do suposto risco eleitoral sobre "quem vai comandar o Banco Central e o Ministério da Fazenda".

NA FRENTE?
Paulo Whitaker/br.reuters.com
"Uma fonte política" falou ontem à Reuters Brasil que a pesquisa CNI/Ibope, concluída na última quarta-feira e com divulgação adiada para a próxima quarta, "deve trazer Serra cinco pontos à frente de Dilma", e não um ponto atrás, como se publicou. De qualquer maneira, "em queda", no movimento já "capturado por outros institutos"

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