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CONTAS PÚBLICAS
Sessão que ocorreria amanhã deve ficar para a próxima semana; Temer reunirá líderes para fixar data
Câmara poderá adiar 2º turno da CPMF
da Sucursal de Brasília
A conclusão
do segundo turno de votação da
emenda da
CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) na Câmara corre o risco
de ficar para a próxima semana.
Segundo a Secretaria Geral da
Mesa da Câmara, a votação só poderá começar na quinta-feira à
noite e não amanhã, como querem
os líderes governistas.
Normalmente, poucos deputados comparecem às sessões de
quinta-feira. Os governistas só
costumam colocar uma emenda
constitucional em votação quando
há pelo menos 480 dos 513 deputados no plenário. Para aprovar uma
emenda é necessário o voto favorável de 308 deputados.
"O ideal é votar na quarta, mas
vamos manter a mobilização para
votarmos na quinta se for necessário", afirmou o primeiro vice-líder
do PMDB, deputado Henrique
Eduardo Alves (RN).
O líder do governo na Câmara,
Arnaldo Madeira (PSDB-SP), entende que a votação em segundo
turno poderá começar amanhã à
noite devido ao acordo feito com a
oposição na última quarta-feira
que permitiu a conclusão do primeiro turno.
O líder do PT na Câmara, José
Genoino (SP), foi taxativo: "Votação quarta à noite, só se rasgarem o
regimento".
Segundo Genoino, o acordo feito
com os governistas valia apenas
para a conclusão do primeiro turno. Pelo acordo fechado na sessão
de quarta-feira passada, a oposição retirou propostas de mudança
no texto aprovado pelo Senado, e
os governistas concordaram em
suprimir dois dispositivos.
Um dispositivo, segundo a oposição, permitia que a alíquota de
0,38% (prevista para os primeiros
12 meses de vigência da CPMF) pudesse ser cobrada nos dois anos seguintes, quando a alíquota cairá
para 0,30%.
O outro dispositivo retirado estabelecia que o governo poderia
destinar toda a arrecadação do ano
de 2002 para cobrir títulos da dívida pública.
O presidente da Câmara, Michel
Temer (PMDB-SP), disse ontem
que vai reunir os líderes de todos
os partidos para decidir sobre a data de votação da emenda em segundo turno.
PMDB
Além de questões regimentais, os
governistas terão de resolver problemas políticos no PMDB. O governador Itamar Franco (PMDB-MG) pediu que a bancada só vote a
emenda da CPMF depois que o governo federal decidir renegociar a
dívida do Estado.
A bancada do PMDB vai se reunir amanhã para discutir o pedido
de Itamar, mas líderes do partido
afirmam que não haverá mudança
de posição.
"Manteremos os mesmos votos",
disse o deputado Henrique Eduardo Alves (RN). Dos 100 deputados
do PMDB, 10 votaram contra a
CPMF no primeiro turno.
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