São Paulo, sexta-feira, 16 de abril de 2004

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OUTRO LADO

Secretaria diz que apuração foi acompanhada

DA REPORTAGEM LOCAL

A assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública divulgou ontem uma nota na qual afirma que o inquérito que apurou o assassinato do prefeito Celso Daniel foi "acompanhado por cinco promotores da capital, [de] Taboão da Serra e [de] Santo André, além do representante da Comissão de Direitos Humanos do Congresso, deputado [federal] Luiz Eduardo Greenhalgh [PT-SP]".
Segundo a nota, o inquérito "concluiu como crime comum e não "político", como se tentou divulgar na época". A secretaria disse que atualmente as investigações "continuam em andamento". Roberto Podval, advogado do empresário Sérgio Gomes da Silva, não foi localizado ontem. Ele estava em Brasília, a trabalho. Foram deixados recados em seu escritório e em seu telefone celular, mas não houve retorno.
O ex-secretário da Prefeitura de Santo André Klinger Luiz de Oliveira Souza (PT) disse ser "absolutamente normal que uma família não aceite a morte de um ente querido", mas acha que ela "deveria ser mais cuidadosa para não envolver pessoas que possam estar sofrendo ainda mais do que ela" pela morte de um amigo. Klinger disse concordar que o inquérito do caso "foi grosseiro, rudimentar, cheio de falhas, e não responde a todas as questões".
Sobre o sumiço de radiografias do corpo, ofício enviado pela direção do Instituto Médico Legal ao Ministério Público em 2002 diz que os "RX [radiografias] normalmente realizados nas salas de necropsias têm apenas a finalidade de localização de projéteis para sua recuperação, não sendo identificados ou laudados, e são normalmente desprezados". (RV)


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