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OUTRO LADO
Condenados, major e coronel declaram inocência no caso
DO ENVIADO A ELDORADO DO CARAJÁS
Condenados pela Justiça
do Pará a 228 anos e a 158
anos de prisão respectivamente, o coronel Mário Colares Pantoja e o major José
Maria de Oliveira declaram
inocência no confronto e
aguardam anulação do julgamento por meio de recursos no STJ (Superior Tribunal de Justiça) e no STF (Supremo Tribunal Federal).
"O coronel comandava a
tropa, mas não atirou em
ninguém. Ele [coronel] foi lá
[na PA-150] a mando", diz o
advogado de Pantoja, Roberto Lauria. À época no comando das tropas da PM de
Marabá, Pantoja recebeu ordem do então governador
Almir Gabriel (PSDB) para
desobstruir a estrada. Procurado, ele se recusou a atender a reportagem.
De novembro de 2004 a setembro de 2005, Pantoja ficou preso num quartel da
PM em Belém. Ganhou a liberdade por decisão do STF,
que concedeu um habeas
corpus com base no princípio da presunção da inocência -a pessoa não pode
cumprir a pena antes que se
esgotem todas as opções de
defesa. Um mês depois, o
STF concedeu o mesmo direito ao major Oliveira, que
comandava os policiais militares de Parauapebas.
"Naquele dia, o meu cliente [Oliveira] alertou o gabinete do governador sobre o
risco da ação. Mesmo assim,
veio a ordem para a desobstrução da rodovia", diz o advogado Jânio de Siqueira.
A presidência do Tribunal
de Justiça do Pará diz, por
meio da assessoria, que a
orientação atual é a de agilizar processos ligados a crimes no campo. Informada
sobre a reportagem, a Secretaria de Defesa Social do Pará (responsável por segurança pública) não respondeu.
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