da Reportagem Local

Considerada a grande surpresa do leilão de privatização da Eletropaulo Metropolitana, a multinacional norte-americana Enron Corporation sequer entregou ontem na Bovespa o envelope com sua proposta financeira para abocanhar a distribuidora.
O conglomerado, que atua no mercado brasileiro desde 1992 por meio de sua subsidiária Enron Serviços do Brasil Ltda., mandou alguns representantes para o leilão, mas em caráter extra-oficial.
O grupo norte-americano também não quis dar explicações sobre sua desistência de última hora. Nota diz que a "Enron avaliou a eventualidade de participar do leilão de privatização da Metropolitana como analisa outros projetos no Brasil e no mundo e decidiu que, dessa vez, não participaria".
A nota afirma ainda que "a empresa continuará estudando outros processos de privatização".
O foco de atuação da Enron fora dos Estados Unidos está nos países emergentes. Na América Latina, a Enron é a principal acionista do gasoduto Brasil-Bolívia, pelo lado boliviano. No Brasil, participou da privatização da CEG-Rio Gás e venceu. Tem ainda participação em sistemas de distribuição de gás em sete Estados.
No início de março, ganhou a licitação para transmissão elétrica entre Brasil e Argentina.
Mas na hora de assinar o contrato com a Eletrobrás não se entendeu com a empresa brasileira quanto aos parâmetros técnicos e não deve mais explorar o serviço.



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