São Paulo, terça-feira, 16 de maio de 2006

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OUTRO LADO

Instituto diz estar surpreso com um diretor envolvido

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do Ibrae, Marco Antônio Alves Pereira, e a advogada do instituto, Ana Tereza Vargas, se disseram surpresos com informação passada pela reportagem sobre conversas gravadas pela PF indicando o envolvimento do diretor do órgão Nilton Simões com quadrilha investigada.
Disseram que não sabiam que Nilton mantinha contato com a Planam muito menos que o diretor recebia "comissões" da quadrilha.
Os dois afirmaram que não sabiam que a empresa que venceu licitação para fornecer ônibus a projeto de inclusão digital do Ibrae era ligada à Planam. O presidente do Ibrae disse que todo o processo do projeto respeitou a Lei de Licitações.
Acrescentou que, dos cinco ônibus previstos, a empresa só entregou no prazo dois. Assim, o instituto decidiu cancelar a licitação para os outros três veículos.
Segundo o presidente do Ibrae, Nilton era diretor voluntário e que tinha como função contatos políticos. Ele se dispôs a passar à reportagem os documentos referentes às licitações e informou quatro telefones de Nilton. A reportagem não conseguiu localizar este.

Deputados
Segundo a advogada, foi Nilton quem lhe disse que Ivo Marcelo Spínola (da Planam) era o autor do projeto que recebeu as emendas de Paulo Baltazar (PSB-RJ).
Baltazar disse que nunca teve contato com ninguém da Planam. Disse que não há erros nas emendas, mas que não tem como controlar se alguém pode se aproveitar delas para fazer negócios. Quanto à autoria do projeto, disse que, pela lei, a responsabilidade é da prefeitura ou da Oscip. Disse que nunca falou com Ivo Spínola.
A assessoria de João Mendes (PSB-RJ) disse que ele demitiu seu encarregado de tratar das emendas. O deputado entregou sua declaração de Imposto de Renda à Procuradoria Geral, ao Conselho de Ética e à Corregedoria da Câmara.
O presidente da Finep disse que criou uma força-tarefa para analisar os projetos com Oscips. Disse que procurou a PF para se dispor a colaborar com o necessário.
A Folha não localizou os dirigentes da Associação Rural Canaã nem do Intedeq. Procurada, a assessoria do deputado Nilton Capixaba não ligou de volta.


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