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Após atrasos,
programa terá
mais recursos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Peti (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil) será
ampliado a partir dos próximos
meses para atender a um maior
número de crianças e jovens. O
programa vinha registrando atraso nos pagamentos e, no início
deste ano, correu o risco de ter
corte de verbas.
A ampliação deve ser anunciada
ainda nesta semana pelo Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome. Hoje há o repasse de 813 mil bolsas por mês,
número praticamente estável em
relação aos dois anos anteriores.
O ministério ainda está definindo os números para anunciar a
ampliação. A previsão é chegar a
1,2 milhão de atendimentos.
Para ampliar o programa, o Ministério do Desenvolvimento Social solicitou ao Planejamento
uma suplementação de recursos.
Inicialmente, estão previstos R$
395,131 milhões para o Peti. Do
total, cerca de R$ 297 milhões vão
para o pagamento das bolsas. O
restante será aplicado na jornada
escolar ampliada (ações desenvolvidas pelas prefeituras para
manter o jovem ocupado quando
não está na escola).
O acréscimo da verba foi solicitado para a jornada escolar, já
que, no ano passado, houve aplicação de R$ 187 milhões somente
nessa parte do programa.
O Peti começou a vigorar em
1996 e visa retirar menores de 16
anos do trabalho penoso, insalubre ou degradante. Paga uma bolsa mensal de R$ 40 (zona urbana)
e de R$ 25 (rural) para compensar
a perda de renda da família.
Segundo Margarida Munguba
Cardoso, assessora da Secretaria
Nacional de Assistência Social, os
pagamentos do Peti foram normalizados, inclusive os atrasados
do ano passado. "Com a retirada
da exigência da certidão negativa
de débito, estamos melhorando a
operacionalização do programa."
No início deste mês, o governo
federal aboliu a exigência de os
municípios estarem em dia com o
INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) para receber dinheiro
de programas sociais.
Em fevereiro, a Folha publicou
uma reportagem mostrando que
o Peti havia sofrido um corte de
80% dos recursos para destiná-los
ao Bolsa-Família, programa unificado de transferência de renda.
Um dia após a publicação, o governo federal decidiu devolver os
recursos ao programa. Em março,
houve o atraso do repasse a prefeituras devido à "burocracia", segundo o ministério. São cerca de
2.600 cidades atendidas.
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