|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
OPERAÇÃO "GATINHO"
Empresário foi preso no começo do mês
PF acha indícios de que Chong fez doações a campanhas eleitorais
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Polícia Federal encontrou indícios de que o empresário Law
Kim Chong, preso no dia 1º de junho, destinava parte de seus lucros para doações ilegais a campanhas políticas, como parte da
estratégia de blindagem de seus
negócios no país.
Além de políticos, a lista de protetores do empresário chegaria a
quase 200 pessoas, entre elas procuradores da República, agentes
da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), funcionários da Receita Federal e policiais civis e federais que atuam em São Paulo.
A PF vai abrir um novo inquérito hoje para investigar a rede de
proteção ao empresário, considerado um dos maiores contrabandistas em ação no país pelos investigadores. Em buscas, há duas
semanas, policiais localizaram extratos e documentos de contas
bancárias em nome de Chong em
Nova York e Miami (EUA).
Em seu imposto de renda de
2003, Chong declarou receber R$
126 mil mensais, sendo R$ 6 mil
de salário e o restante de pró-labore de sociedades. O empresário
está preso por supostamente tentar subornar o presidente da CPI
da Pirataria, deputado Luiz Antonio de Medeiros (PL-SP).
Hoje, a PF encaminha ao Ministério Público Federal o inquérito
sobre o episódio. Chong é indiciado por corrupção ativa, lavagem
de dinheiro, operação de câmbio
não-autorizada e tentativa de obstrução de comissão parlamentar.
A denúncia do Ministério Público
deve ser feita até a próxima sexta.
O advogado de Chong, Aldo
Donametti, não respondeu ontem ao recado deixado pela reportagem em seu telefone celular. No
entanto, em outras oportunidades, ele negou que o empresário
pratique contrabando.
Investigadores informaram que
Chong agia como ramificação de
um esquema de máfias orientais
-que também funcionaria no
Paraguai, nos EUA e na China- e
figurava nas listas de procurados
da CIA (agência de inteligência
americana) e do FBI (polícia federal dos EUA).
(IURI DANTAS)
Texto Anterior: Outro lado: Ex-prefeito nega ter escrito carta e ataca promotor Próximo Texto: Câmara diz que presidente do PP será investigado Índice
|