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Painel
Renata Lo Prete
painel@uol.com.br
Palanque judicial
PSDB e PFL vão insistir na estratégia de incomodar
Lula na Justiça Eleitoral. Na próxima semana, os dois
partidos vão representar contra o lançamento da pedra fundamental do Complexo Petroquímico do Rio
de Janeiro, anteontem. Vão questionar a participação
da Petrobras no evento, considerado eleitoreiro, e o
fato de a desapropriação da fazenda onde será erguida
a obra só ter sido publicada no dia da "inauguração".
A oposição vai acusar Lula de descumprir ainda a
Lei de Responsabilidade Fiscal, que proíbe que o governante lance, no fim do mandato, despesa que não
possa cumprir integralmente. "Em 2002, Lula falsificou promessas. Agora, falsifica obras", diz o líder da
minoria na Câmara, José Carlos Aleluia (PFL-BA).
Pule de dez. Para um ministro do TSE, a oposição pode ter sucesso se questionar
os reajustes dados aos servidores às vésperas do pleito,
que seriam ilegais. Resta saber se Alckmin quer comprar
briga com o funcionalismo.
Mãos à obra. O PT reunirá seus dirigentes estaduais
na semana que vem, em Brasília, para traçar a estratégia regional da campanha de Lula.
A cúpula fará última tentativa
para desfazer curtos-circuitos
locais com aliados nacionais.
Pé quente. Às voltas com a
dificuldade de acordos nos
Estados, o presidente do PT,
Ricardo Berzoini, teve uma
boa notícia nesta semana: ganhou cerca de R$ 200 num
bolão ao acertar o placar da
estréia do Brasil na Copa.
Saiba mais. O PFL sugeriu
ao PSDB fazer um informativo do partido "apresentando"
Geraldo Alckmin. O aliado
quer material para distribuir
nos Estados antes de a propaganda eleitoral ser liberada.
Confessionário. Na reunião do conselho político da
campanha, o líder pefelista no
Senado, José Agripino (RN),
conversou a sós com Geraldo
Alckmin. Acusou o PSDB de
tentar tumultuar a aliança
PFL-PMDB no seu Estado.
Para embolar. Segundo
Agripino, o tucano Geraldo
Mello quer lançar candidato
"laranja" ao governo para se
opor a Garibaldi Alves
(PMDB) -que, em represália,
poderia abandonar Alckmin.
Missão. Presidente do
PSDB-SP, Sidney Beraldo
reúne-se na terça com o prefeito Gilberto Kassab (PFL)
para negociar a aliança na
chapa de deputados. A pedido
de José Serra, Beraldo tentará, depois, convencer a bancada tucana, resistente à idéia.
Semáforo. O PT paulista
aguarda negativa oficial do
PMDB sobre uma aliança formal para definir o vice de
Aloizio Mercadante. PL e PC
do B já oferecem nomes. No
caso dos comunistas, a preferida é Nádia Campeão, ex-secretária de Marta Suplicy.
Versão local. As inserções
do PFL no Rio, que vão ao ar a
partir de domingo, substituem Lula pelo casal Garotinho como alvo de críticas. O
slogan pefelista é "Unir para
Mudar", numa alusão à coligação em torno de Denise
Frossard (PPS) ao governo.
Nuvens no céu. A até
aqui tranqüila aliança em torno de Roseana Sarney para o
governo do Maranhão enfrenta uma turbulência: o ex-senador Epitácio Cafeteira
(PP) e o senador João Alberto
(PMDB) disputam a vaga ao
Senado na chapa da pefelista.
Sem pressa. Os partidos
vão adiar enquanto der a indicação dos membros da CPI
dos Sanguessugas. Um dos
poucos com lista pronta é o
PSDB no Senado: Arthur Virgílio, Sérgio Guerra e Juvêncio da Fonseca.
Ainda ela. Em pesquisa da
Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo, cuja edição deste ano ocorre
amanhã, 66,4% dos entrevistados apontaram políticos
identificados com a luta por
direitos dos homossexuais.
Marta Suplicy lidera a lista.
Tiroteio
O eixo do programa PT-PMDB se resumirá ao
número de ministérios, à influência nas
estatais, ao número de cargos comissionados e
ao ritmo da liberação de emendas.
Do deputado IVAN VALENTE (PSOL-SP), comentando a proposta do ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) de firmar uma aliança programática de petistas com peemedebistas.
Contraponto
Lento e gradual
No início do mês, Geraldo Alckmin conversava com um
grupo de jornalistas em Brasília e dava seus dez mandamentos para uma vida saudável:
-Durmo cedo e acordo cedo. Abro a janela para que os
primeiros raios de sol entrem na retina: alivia a ansiedade. Omega 3: como peixe de água fria e espinafre.
Quando dava a quarta dica -praticar atividades físicas-, foi interrompido por Tasso Jereissati, que o chamava para uma reunião. Nem assim Alckmin desistiu:
-Lá em Pindamonhangaba tinha um cinema. Quando o
mocinho ia beijar a mocinha, aparecia um letreiro: "Volte
domingo que vem". São dez as dicas, depois eu continuo.
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