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Tarso vê "instabilidade emocional" em declarações de Yeda Crusius
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
O ministro Tarso Genro
(Justiça) negou o uso político
da Polícia Federal durante a
Operação Rodin, realizada em
novembro passado, mas admitiu que houve exposição indevida dos suspeitos de desviar R$
44 milhões do Detran gaúcho.
Entre os presos estavam aliados políticos da governadora
Yeda Crusius (PSDB).
Em entrevista em Porto Alegre, Tarso foi questionado sobre declaração da tucana à revista "Veja", sobre a "república
de Santa Maria" -berço político de Tarso e base do PT gaúcho- que teria se beneficiado
da operação da PF para tentar
desestabilizar sua gestão. A assessoria de Yeda negou que ela
tenha usado essa expressão.
"É uma argumentação de
quem está com uma certa instabilidade emocional e que precisa se recompor para governar
e devolver a estabilidade política ao Estado", disse Tarso.
O ministro afirmou que a PF
faz operações em todos os Estados, "independentemente de
quem é o governador". Citou
como exemplo a Operação Hígia, que prendeu 13 pessoas
suspeitas de pertencer a uma
suposta quadrilha que fraudava
licitações no Rio Grande do
Norte. Entre os presos está
Lauro Maia, filho da governadora Wilma de Farias (PSB),
que é aliada do governo federal.
Ao comentar as declarações
do empresário tucano Lair
Ferst sobre as circunstâncias
da prisão, o ministro chamou
de "lamentável" a chegada dos
13 presos da Rodin por um
acesso à superintendência da
PF onde havia jornalistas.
"Houve um equívoco que depois foi corrigido", afirmou.
Tarso disse que conversou
sobre a ação com o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, e com o chefe da PF no Estado, Ildo Gasparetto, depois
que a Rodin havia sido deflagrada. "Absolutamente, não
houve [motivação política da
Rodin]. Entre a palavra do Lair
Ferst e a de Gasparetto, eu fico
com a do Gasparetto."
(GR)
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