São Paulo, segunda-feira, 16 de junho de 2008

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Tarso vê "instabilidade emocional" em declarações de Yeda Crusius

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O ministro Tarso Genro (Justiça) negou o uso político da Polícia Federal durante a Operação Rodin, realizada em novembro passado, mas admitiu que houve exposição indevida dos suspeitos de desviar R$ 44 milhões do Detran gaúcho. Entre os presos estavam aliados políticos da governadora Yeda Crusius (PSDB).
Em entrevista em Porto Alegre, Tarso foi questionado sobre declaração da tucana à revista "Veja", sobre a "república de Santa Maria" -berço político de Tarso e base do PT gaúcho- que teria se beneficiado da operação da PF para tentar desestabilizar sua gestão. A assessoria de Yeda negou que ela tenha usado essa expressão.
"É uma argumentação de quem está com uma certa instabilidade emocional e que precisa se recompor para governar e devolver a estabilidade política ao Estado", disse Tarso.
O ministro afirmou que a PF faz operações em todos os Estados, "independentemente de quem é o governador". Citou como exemplo a Operação Hígia, que prendeu 13 pessoas suspeitas de pertencer a uma suposta quadrilha que fraudava licitações no Rio Grande do Norte. Entre os presos está Lauro Maia, filho da governadora Wilma de Farias (PSB), que é aliada do governo federal.
Ao comentar as declarações do empresário tucano Lair Ferst sobre as circunstâncias da prisão, o ministro chamou de "lamentável" a chegada dos 13 presos da Rodin por um acesso à superintendência da PF onde havia jornalistas.
"Houve um equívoco que depois foi corrigido", afirmou.
Tarso disse que conversou sobre a ação com o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, e com o chefe da PF no Estado, Ildo Gasparetto, depois que a Rodin havia sido deflagrada. "Absolutamente, não houve [motivação política da Rodin]. Entre a palavra do Lair Ferst e a de Gasparetto, eu fico com a do Gasparetto." (GR)


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