São Paulo, domingo, 16 de julho de 2000


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Governo serve de parâmetro

DA REDAÇÃO

As definições de direita e esquerda variam consideravelmente, mas nota-se a presença de um padrão subjacente às diversas opiniões expressas pelos eleitores: o partido que integra o governo é de direita, e o partido de oposição ao regime é de esquerda.
Essa classificação simples, mas de fácil apreensão, permite compreender a razão que levou tantas pessoas a classificarem o PPB e o PL como partidos de esquerda, avaliação inconsistente diante da posição real de seus políticos.
De fato, para 14% dos eleitores, ser de esquerda significa "ser contra o governo". Para outros 2%, esquerda significa "ser contra o governo FHC" e, para mais 2%, "ser oposição", simplesmente.
Ao mesmo tempo, para 9% dos entrevistados, ser de direita significa "apoiar o governo" e, na opinião de outros 4%, "participar do governo". Para mais 2%, direita corresponde a "ser a favor do governo FHC". Na opinião de outros 2%, significa "ter poder".
Em relação às demais questões, o eleitorado se divide. Defender uma política social ou defender o povo são atribuídos tanto à esquerda como à direita. Desonestidade e corrupção também são considerados predicados tanto de uma como de outra posição.
Outras concepções difundidas identificam direita com a defesa da elite e dos ricos (4%) e esquerda com o comunismo (3%). É perceptível ainda a presença de uma concepção bastante antiga, de fundo religioso, que identifica a direita com "o certo" (4%) e a esquerda com "errado" (4%). Esquerda promove "baderna" (2%) e a direita "administra" (2%).


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