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Ideologia pesa na hora do voto
DA REDAÇÃO
Os resultados da pesquisa ficam
menos estranhos do que aparentam se forem comparados com a
atual representação partidária na
Câmara dos Deputados.
Os três partidos classificados
como de direita (PSDB, PFL e
PMDB) reúnem hoje 304 deputados federais, que correspondem a
59% do total (513). Um resultado
não muito distante dos 52% de
eleitores que apóiam um candidato politicamente de direita.
Já os partidos mais à esquerda
(PT, PDT, PC do B, PSB e PPS) somam atualmente 111 deputados, o
que corresponde a 22% da Câmara, porcentagem próxima aos
26% de eleitores que afirmam
preferir candidatos de esquerda.
É conveniente separar essas organizações políticas de esquerda
das outras duas avaliadas pela
pesquisa do Datafolha, o PPB e o
PL, nas quais a proporção de pessoas que classificam essas legendas como sendo de centro supera
o pequeno saldo à esquerda que
ambas apresentam.
Se os dois partidos forem classificados como sendo de centro no
espectro político, verifica-se que a
distribuição das preferências
ideológicas guarda uma forte correlação com as escolhas efetivas
realizadas pelos eleitores.
Se se levar em conta que as últimas eleições legislativas ocorreram em outubro de 1998, menos
de dois anos atrás, constata-se
que as diferenças entre as atuais
preferências políticas do eleitorado brasileiro com a dimensão de
cada partido no Legislativo federal são bastante pequenas e facilmente explicáveis pelas mudanças na opinião do eleitorado ocorridas durante esse período.
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