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Maratona de reuniões definiu novas propostas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA
Os setores envolvidos diretamente nas negociações da
reforma da Previdência patrocinaram ontem uma maratona de reuniões para tentar emplacar mudanças na
proposta.
As nove horas que antecederam a reunião do ministro
José Dirceu (Casa Civil) com
os governadores foram marcadas por pelo menos oito
reuniões e uma infinidade
de conversas e troca de telefonemas no Congresso e no
Palácio do Planalto.
A articulação começou às
8h, em um café da manhã na
casa do presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), que reuniu Dirceu e os
líderes dos partidos aliados
ao governo.
Na reunião, saiu a definição de que a Câmara defenderia a manutenção da integralidade (benefício da aposentadoria igual ao salário
da ativa) e da paridade (extensão aos aposentados dos
reajustes concedidos ao pessoal da ativa) para os atuais
servidores, mas com aumento de cinco anos na exigência de permanência no
serviço público.
Depois do café, o palco das
negociações foi transferido
para a Câmara e para o Palácio do Planalto. A bancada
do PT se reuniu para discutir
a proposta, e servidores e a
CUT foram recebidos pela liderança do governo.
Após esse encontro, João
Paulo colocou em palavras a
insatisfação dos congressistas com o que eles vêm classificando de supervalorização dos governadores nas
negociações.
"Quem vota são os deputados e os senadores. Então
não há acordo possível feito
lá fora que esteja garantido
sem consultar os partidos e
deputados", afirmou.
O ministro Ricardo Berzoini (Previdência) também
foi à Câmara se encontrar
com a bancada do PFL.
Na mesma hora, sete deputados que lideram o grupo governista do PT almoçaram com Dirceu no Planalto
para definir o discurso a ser
adotado daqui em diante.
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