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França e Brasil querem taxar passagem aérea
DO ENVIADO ESPECIAL A PARIS
A "Declaração Franco-Brasileira", emitida ontem pelos
dois governos, ao término da
visita de Lula, anuncia o propósito de implementar, até 2006,
um projeto piloto de cobrança
de taxas sobre passagens aéreas. Os recursos por elas gerados seriam utilizados para "financiar, notadamente, o combate à Aids e outras pandemias
e em particular os compromissos prévios de compra de medicamentos", diz o texto.
Trata-se de proposta que
compõe, segundo o comunicado, "os descontos internacionais de solidariedade". Na prática, é um novo jargão para financiamento ao combate global à fome e às doenças, conforme reiterada pregação do presidente Lula, encampada pela
França, entre outros países.
Thierry Breton, o ministro
francês de Economia, calcula
que uma taxa de 5 euros por
passagem de classe econômica
e 20 euros na classe executiva
renderia algo como 10 bilhões
de euros por ano.
A proposta será levada à cúpula prevista para 14 a 16 de setembro em Nova York.
Nos encontros com o primeiro-ministro Dominique de Villepin e com o presidente Chirac, forma discutidos diversos
temas, entre eles, o Conselho
de Segurança (CS) das Nações
Unidas.
A França reiterou seu apoio à
proposta do G4 (Brasil, Alemanha, Japão e Índia) de elevar
dos atuais 15 para 25 o número
de membros do CS.
O primeiro-ministro francês
sugeriu que o melhor a fazer seria levar à votação as propostas,
para que, depois que uma delas
for aprovada, cada país levante
suas objeções.
(CR)
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