São Paulo, sábado, 16 de julho de 2005

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França e Brasil querem taxar passagem aérea

DO ENVIADO ESPECIAL A PARIS

A "Declaração Franco-Brasileira", emitida ontem pelos dois governos, ao término da visita de Lula, anuncia o propósito de implementar, até 2006, um projeto piloto de cobrança de taxas sobre passagens aéreas. Os recursos por elas gerados seriam utilizados para "financiar, notadamente, o combate à Aids e outras pandemias e em particular os compromissos prévios de compra de medicamentos", diz o texto.
Trata-se de proposta que compõe, segundo o comunicado, "os descontos internacionais de solidariedade". Na prática, é um novo jargão para financiamento ao combate global à fome e às doenças, conforme reiterada pregação do presidente Lula, encampada pela França, entre outros países.
Thierry Breton, o ministro francês de Economia, calcula que uma taxa de 5 euros por passagem de classe econômica e 20 euros na classe executiva renderia algo como 10 bilhões de euros por ano.
A proposta será levada à cúpula prevista para 14 a 16 de setembro em Nova York.
Nos encontros com o primeiro-ministro Dominique de Villepin e com o presidente Chirac, forma discutidos diversos temas, entre eles, o Conselho de Segurança (CS) das Nações Unidas.
A França reiterou seu apoio à proposta do G4 (Brasil, Alemanha, Japão e Índia) de elevar dos atuais 15 para 25 o número de membros do CS.
O primeiro-ministro francês sugeriu que o melhor a fazer seria levar à votação as propostas, para que, depois que uma delas for aprovada, cada país levante suas objeções. (CR)


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