São Paulo, quarta-feira, 16 de julho de 2008

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"Houve exagero da PF ou omissão do Banco Central", diz Mercadante

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, negou ontem falhas na fiscalização do BC sobre as operações do Opportunity. Ele não quis comentar diretamente a situação de Daniel Dantas, mas disse que o BC não tem como saber o que diretores de instituições financeiras fazem "nas horas vagas".
Em audiência no Senado, Meirelles foi cobrado sobre o assunto pelo senador Aloizio Mercadante (PT-SP). Para o senador, a prisão dos diretores do Opportunity indica que eles não estavam capacitados para desempenhar os cargos que ocupavam no banco, e que isso deveria ter sido percebido pelo BC. "Ou houve exagero da PF nas prisões ou houve omissão do Banco Central e da CVM [Comissão de Assuntos Mobiliários]."
O presidente do BC rebateu a crítica. "A atuação da PF e do Ministério Público se refere às ações da pessoa física, que, muitas vezes, não têm nada a ver com a instituição financeira." E completou: "O Banco Central analisa a atuação do banco, e compete a outros órgãos fazer outras análises e cruzar as informações no momento adequado, como está acontecendo agora."
Segundo Meirelles, o BC fiscaliza práticas que possam colocar em risco a saúde financeira de um banco, para evitar danos a correntistas e investidores. Sobre a fiscalização do BC, porém, Meirelles não confirmou nem desmentiu a existência de processos administrativos em curso sobre eventuais irregularidades no Opportunity.


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