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Exército julgará militares
citados na Operação Saúva
Oficiais e sargentos acusados podem ser expulsos
ANDRÉA MICHAEL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Comando do Exército decidiu instaurar conselhos de
honra para julgar os 11 militares presos pela Polícia Federal,
na semana passada, na chamada Operação Saúva.
Conforme a PF, eles estão
envolvidos em um esquema de
fraude em licitações públicas
no Amazonas, comandado por
empresários, para a venda superfaturada de alimentos para
merenda escolar, quartéis do
Exército e famílias carentes.
Os tribunais de honra são
constituídos por portaria, assinada pelo comandante do
Exército, o general Francisco
Albuquerque. Eles têm a finalidade de julgar a conduta de militares do ponto de vista de honestidade, probidade profissional, disciplina e lealdade com a
instituição. Não fazem parte do
foco da análise as ações do militar do ponto de vista administrativo ou criminal.
Há nomes diferenciados para
os tribunais de honra, conforme a patente do militar alvo. Os
oito oficiais presos serão submetidos a um Conselho de Justificação. Quanto aos três sargentos, eles ficarão sob análise
de um Conselho de Disciplina.
Expulsão
Motivo de vergonha e constrangimento no Exército, os
militares presos podem ter como punição máxima decorrente dos tribunais de honra a expulsão da Força, sem prejuízo
das medidas de caráter civil e
criminal que devem resultar da
operação policial deflagrada na
última sexta-feira.
Os tribunais de honra têm
tempo de 30 dias, renováveis
por igual período, para chegar
ao seu veredicto. Um dos militares que passará pelo tribunal
de honra é o coronel Vitor Augustos de Fellipes, que há três
meses era gerente da Diretoria
de Subsistência do Comando
do Exército, em Brasília.
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