São Paulo, domingo, 16 de agosto de 2009

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SENADO

Sarney sabia de atos secretos desde 12 de maio

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A assessoria do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), informou ontem, por meio de nota, que a primeira informação sobre atos secretos na Casa constava em um relatório da Fundação Getúlio Vargas de 12 de maio.
A FGV foi contratada por Sarney para fazer uma reforma administrativa na Casa. A nota se refere a "atos não publicados".
O ex-diretor de Recursos Humanos do Senado Ralph Siqueira afirmou, em entrevista publicada ontem no jornal "O Estado de S. Paulo", que avisou Sarney, no final de maio, de que "havia indícios de omissão deliberada" de atos administrativos.
Segundo Siqueira, a conversa entre os dois teria ocorrido entre os dias 28 e 29 de maio, mesma data em que foi criada pelo primeiro-secretário, Heráclio Fortes (DEM-PI), uma comissão para investigar os atos a partir da informação da FGV. Siqueira era da comissão.
Em discurso no dia 16 de junho, Sarney disse: "Aqui ninguém sabe o que é ato secreto. O que pode ter ou tem, e foi este o objetivo da comissão, foi verificar as irregularidades da entrada em rede ou não entrada em rede de determinados atos da administração do Senado, mas tudo relativo ao passado". Siqueira é acusado pela direção da Casa de ter incluído atos secretos no boletim administrativo sem autorização de forma que não fossem identificados como tal.
Para a oposição, o fato reforça a necessidade de investigar Sarney.


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