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SENADO
Sarney sabia de atos secretos desde 12 de maio
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A assessoria do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), informou ontem, por meio de
nota, que a primeira informação sobre atos secretos
na Casa constava em um
relatório da Fundação Getúlio Vargas de 12 de maio.
A FGV foi contratada
por Sarney para fazer uma
reforma administrativa na
Casa. A nota se refere a
"atos não publicados".
O ex-diretor de Recursos Humanos do Senado
Ralph Siqueira afirmou,
em entrevista publicada
ontem no jornal "O Estado
de S. Paulo", que avisou
Sarney, no final de maio,
de que "havia indícios de
omissão deliberada" de
atos administrativos.
Segundo Siqueira, a
conversa entre os dois teria ocorrido entre os dias
28 e 29 de maio, mesma
data em que foi criada pelo
primeiro-secretário, Heráclio Fortes (DEM-PI),
uma comissão para investigar os atos a partir da informação da FGV. Siqueira era da comissão.
Em discurso no dia 16 de
junho, Sarney disse: "Aqui
ninguém sabe o que é ato
secreto. O que pode ter ou
tem, e foi este o objetivo da
comissão, foi verificar as
irregularidades da entrada
em rede ou não entrada
em rede de determinados
atos da administração do
Senado, mas tudo relativo
ao passado". Siqueira é
acusado pela direção da
Casa de ter incluído atos
secretos no boletim administrativo sem autorização
de forma que não fossem
identificados como tal.
Para a oposição, o fato
reforça a necessidade de
investigar Sarney.
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