São Paulo, segunda-feira, 16 de setembro de 2002

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EVENTO

Para autor, marketing não é prioritário na decisão do voto

Debate marca lançamento de livro sobre marketing político

DA COORDENAÇÃO DE ARTIGOS E EVENTOS

A Publifolha e o centro Universitário Maria Antônia promovem hoje debate de lançamento do livro "Folha Explica o Marketing Eleitoral", do jornalista Carlos Eduardo Lins da Silva, diretor-adjunto de Redação do Jornal "Valor Econômico". Participam, além do autor, o publicitário Alex Periscinoto e Renata Lo Prete, repórter especial da Folha. A mediação será de Arthur Nestrovski, professor da PUC-SP e editor da coleção Folha Explica.
A tese central do livro de Lins da Silva é a de que o marketing eleitoral é importante, mas não é um elemento fundamental nem prioritário na decisão do eleitor pelo seu candidato.
Segundo o autor, que pesquisa o assunto desde 1975, quando iniciou mestrado em comunicação em Michigan (EUA), o marketing eleitoral no Brasil é, no que se refere às técnicas que emprega, um dos mais avançados do mundo.
Mas Lins da Silva observa que se atribui ao marketing eleitoral uma importância muito maior sobre a decisão do eleitor do que o efeito que ele de fato tem. "A principal função é fazer com que o conteúdo do candidato seja transmitido com clareza". Sozinho, diz, o marketing não faz nada.
Prova disso, segundo o autor, é o fato de Ciro Gomes (PPS), que tem "um marketing deficiente", ter se mantido em segundo lugar na corrida presidencial até recentemente. Lins da Silva crê que o que tem peso fundamental na determinação da escolha do eleitor é sua "educação política", que ele define como um aprendizado obtido "com a prática do voto".
O marketing, diz, "pode ser maléfico ou benéfico à democracia", mas -e porque- é só um meio, e é inevitável. É um meio que pode fazer com que as pessoas percebam o conteúdo da mensagem do candidato com clareza.
Como exemplo, o autor avalia que a subida de José Serra (PSDB) nas pesquisas, após o início do horário eleitoral, se deu porque os programas deixaram mais claro que o tucano era o candidato governista, o que fez com que ele conquistasse votos de eleitores que avaliam bem o governo FHC.
O debate será no Centro Universitário Maria Antônia (r. Maria Antônia, 294, São Paulo), às 20h, com entrada franca.


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