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Lula estuda ida
a ato de apoio
a petista em SP
DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio Lula
da Silva está analisando, com assessores, a possibilidade de participar de uma atividade pública
com a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), neste fim-de-semana, durante visita à cidade. Segundo um integrante da equipe
de Marta, o gesto, ainda que comedido, serviria para mostrar
que, assim como o adversário José Serra (PSDB) tem o apoio do
governador Geraldo Alckmin,
Marta tem com quem contar.
Se confirmada, a idéia é a que
seja uma atividade discreta sem
manifestação explícita de apoio.
Até na equipe de Marta, há quem
admita que a resistência de Lula
está no risco de que seja debitada
em sua conta uma eventual derrota da prefeita. Segundo um dos interlocutores do presidente, Lula
está decidindo se passa pela capital, hipótese que "não está acertada, nem descartada". Por enquanto, Lula tem agendada apenas
uma viagem ao ABC na manhã se
sábado, para celebração de convênio que permitirá ampliação do
pólo petroquímico na região.
Em meio à pressão para que Lula declare abertamente seu apoio
à reeleição de Marta Suplicy, o
presidente da Câmara, João Paulo
Cunha (PT-SP), disse ontem acreditar que o melhor é Lula "não se
meter" no processo eleitoral.
"Se eu pudesse falar com o presidente, diria o seguinte: "Presidente, não se meta nas eleições
municipais, porque nas eleições
municipais o senhor corre o risco
de não ajudar muito o candidato e
talvez trazer alguns problemas
para o seu próprio governo, sua
própria administração'", afirmou
o deputado, durante solenidade.
Antes da declaração, João Paulo
fez longa argumentação segundo
a qual o apoio do presidente tem
efeito "residual" e uma influência
reduzida nas eleições municipais:
"A incidência nacional nessas
eleições é residual. Por que em
1996 o Fernando Henrique Cardoso, em uma situação tão confortável eleitoralmente, não elegeu o Serra para a Prefeitura de
São Paulo? Porque não há ligação
direta". João Paulo não mencionou situações específicas. As declarações do deputado foram feitas durante o lançamento da cartilha "Guia do Voto Cidadão".
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