|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ELEIÇÕES 2004/CAMPANHA
Candidata afirma que dará apoio ao candidato escolhido pelo PSB; sigla diz que PSDB não faz parte de seu projeto nacional
Erundina admite apoiar Marta no 2º turno
RICARDO WESTIN
DA REPORTAGEM LOCAL
A candidata Luiza Erundina
(PSB) sinalizou ontem que, no segundo turno da eleição para a
Prefeitura de São Paulo, seu apoio
irá para a prefeita Marta Suplicy
(PT), candidata à reeleição. A deputada disse que apoiará, mesmo
a contragosto, o candidato que
seu partido determinar.
O apoio a Marta já é dado como
certo porque uma eventual aliança com o PSDB de José Serra após
o primeiro turno poderia custar a
permanência do PSB no governo
federal. O partido tem um ministério, o da Ciência e Tecnologia.
Consciente de que o governo
Lula está depositando todas as fichas na reeleição da petista, o líder
da bancada do PSB na Câmara
dos Deputados, Renato Casagrande (ES), afirma que "o PSDB
não faz parte do projeto nacional
do partido".
"O apoio no segundo turno é
uma decisão partidária. Não cabe
a mim discutir", disse Erundina,
em sabatina do Grupo Estado.
"Claro que vou entrar na discussão, mas não vou me insurgir
contra a decisão da maioria."
A última pesquisa Datafolha, divulgada no domingo, mostra Serra na liderança, com 37% das intenções de voto, seguido de Marta, com 33%. Paulo Maluf (PP)
vem em terceiro lugar, com 12%.
Erundina é a quarta, com 4%.
Para a ex-prefeita, porém, a eleição ainda não está decidida: "Falar de apoio no segundo turno
agora é desistir da guerra. E eu
não desisti da guerra. Entendo
que 20 dias de campanha é tempo
suficiente para alterar esse quadro, como ocorreu em 1988,
quando venci e o resultado foi decidido no dia da eleição".
O presidente do PT, José Genoino, vai na direção oposta. Falando
ontem dos apoios com os quais
espera contar no segundo turno
em São Paulo, citou apenas o PSB
e o PMDB, os principais partidos
da coligação de Erundina.
A candidata não esconde que
seria constrangedor ter que
apoiar Marta. Na sabatina de ontem, Erundina atacou a atual prefeita em vários momentos, como
quando disse que ela representa
"uma inflexão cada vez mais à direita do PT" e "reproduz muito o
método malufista" na forma de
investir os recursos públicos.
Texto Anterior: Governo não é só para banqueiros, diz Maluf Próximo Texto: Lula estuda ida a ato de apoio a petista em SP Índice
|