São Paulo, quinta-feira, 16 de setembro de 2004

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A PALAVRA

Voz oscila entre arrogante e suave

MARTA A. ANDRADA E SILVA
ESPECIAL PARA A FOLHA

A voz da prefeita Marta Suplicy soa arrogante mesmo para um ouvido leigo. Em vários momentos do discurso, as respostas deixam à mostra uma espécie de julgamento a respeito do grau de informação de seu interlocutor. A sonoridade forçada da risada destinada aos jornalistas tem tom de desprezo.
Essa característica se reverte quando Marta está respondendo diretamente para o público. Nesse momento, o tom bravo e desafinado de sua voz ganha contornos mais suaves.
A articulação das palavras é precisa, apesar da assimetria facial e da ausência do movimento de alguns músculos do rosto. Nos dez minutos iniciais da sabatina, quando tinha direito a uma apresentação livre, diferentemente dos outros candidatos, Marta parecia não ter um discurso estruturado.


Marta A. de Andrada e Silva é fonoaudióloga, professora-assistente de Fonoaudiologia da PUC-SP e professora-adjunta do curso de Fonoaudiologia da Santa Casa de SP


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