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Estudo analisa reforma e Mercosul
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A reforma tributária que o país
pretende fazer nos próximos anos
precisa contemplar a harmonização dos impostos no âmbito do
Mercosul para evitar que o Brasil
perca competitividade em relação
à Argentina. A conclusão pode ser
tirada de um estudo que será
apresentado hoje pelos pesquisadores Fernando Rezende e Ernesto Rezk durante o seminário "Reforma Tributária e Integração do
Mercosul", organizado pelo BID
(Banco Interamericano de Desenvolvimento), em Brasília.
"Diferenças na tributação, caso
a integração se aprofunde, podem
criar distorções", afirmou Rezende, professor da Escola Brasileira
de Administração Pública e de
Empresas da FGV.
Um análise global dos impostos
mostra o Brasil em desvantagem
com relação à Argentina.
"Além de maiores, os impostos
cobrados no Brasil são de pior
qualidade que os aplicados por
nossos vizinhos", afirma o estudo
que será apresentado.
Rezende diz que é preciso fazer
estudos para cada setor da economia para compreender as diferenças e entender as vantagens e desvantagens de cada país.
Na palestra que irão apresentar
hoje, Rezk, diretor do Instituto de
Economia e Finanças da Universidade de Córdoba, e Rezende focam a análise em três cadeias produtivas -soja, carne bovina e
frangos. As três são importantes
para a pauta de exportação dos
dois países em questão.
As desvantagens brasileiras que
os números agregados revelam
não são tão claras quando se faz
um estudo minucioso dos casos.
Uma das principais conclusões
na análise da cadeia da soja é que
o Brasil cria dificuldades para a
exportação de produtos mais elaborados. O discurso do governo é
exatamente o contrário, de fomentar a exportação de bens de
maior valor agregado.
Na Argentina, acontece o contrário. Há mais vantagens tributárias para quem exporta óleo de
soja (maior valor agregado) do
que soja em grão, o produto mais
básico. (ANDRÉ SOLIANI)
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