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São Paulo, quinta-feira, 16 de outubro de 2003

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Felix rejeita comparações entre Abin e SNI

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Jorge Armando Felix (Segurança Institucional da Presidência) rejeita comparações entre a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e o extinto SNI -Serviço Nacional de Informações, instituído com o regime militar (1964-85).
Para ele, o SNI é de "uma época em que só havia preto e branco". Quanto ao futuro, disse: "É difícil prever para onde estamos indo. Temos que ter um sistema flexível, para permitir que o governo acompanhe a evolução do mundo".
Daí o interesse em "ouvir" a sociedade. "Para usar uma expressão de traseira de caminhão, queremos perguntar como estamos dirigindo. Se sentirmos que estamos em descompasso com o que esperam de nós, vamos mudar."
A estrutura da Abin compõe o organograma do gabinete de Felix. Cabe a ele a coordenação do Sisbin (Sistema Brasileiro de Inteligência). Foi criado em 1999. Inclui as demais repartições federais que lidam com o mundo da espionagem.
"Vamos ouvir todos os setores, de espírito aberto, ainda que nem todas as sugestões possam ser acolhidas", disse Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência).
Felix deseja "desmistificar a atividade de inteligência". Acha "possível ter uma boa agência de inteligência num regime democrático". Como seria essa agência? "Existe o serviço de inteligência que trabalha para o poder constituído e contra os seus oponentes. Existe o que trabalha como um poder autônomo. Buscamos o meio termo", disse Felix.

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