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Governo Lula faz bravata populista para aprovar CPMF, diz cantor Luciano
LEANDRO BEGUOCI
DA REPORTAGEM LOCAL
Se depender de Luciano,
que faz dupla com o irmão Zezé di Camargo, o show-protesto de hoje contra a CPMF,
em São Paulo, vai virar um ato
contra o governo Lula.
"A CPMF é um tributo cascata, prejudica o mais pobre e
não foi para a saúde. O PT demorou mais de 20 anos para
chegar ao poder, mas não
aprendeu a governar", critica
o cantor, eleitor de Lula em
2002. Ele anulou o voto em
2006 e se diz desiludido.
"O governo faz bravata populista para aprovar a CPMF,
ameaça aumentar imposto,
acabar com projetos sociais,
dizendo que só a elite reclama
da CPMF. Eu, como cidadão,
tenho que criticar isso. O governo é uma decepção."
O "Tributo contra o Tributo" começa às 17h30 no vale
do Anhangabaú. Além de Zezé di Camargo e Luciano, são
esperadas as bandas pop
KLB, CPM 22, Fresno e NX
Zero. Segundo os organizadores, nenhum dos artistas cobrou cachê e o ato não é contra o governo.
Quem organiza o protesto é
a Frente Nacional da Nova
Geração, conjunto de entidades que reúne jovens empresários e profissionais liberais,
cujo líder é Ronaldo Koloszuk, 30, diretor titular do CJE
(Comitê de Jovens Empreendedores) da Fiesp (Federação
das Indústrias do Estado de
São Paulo).
Entre aluguel de equipamento e pagamento de seguranças, o ato custará
R$ 300 mil e será pago por
entidades como a Fiesp e a
Associação Comercial de São
Paulo e pelos jovens do CJE.
Os organizadores dizem esperar 2 milhões de pessoas.
Projeção do Datafolha mostra que cabem, no máximo,
400 mil pessoas no vale.
"Esse governo quer o comodismo, e eu não vou fazer o
que ele quer, não", diz Luciano. "O Lula abriu a torneira
de dinheiro do Planalto e agora não sabe como fechar."
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