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Governo vai reformar palácio, desta vez com verba pública
Objetivo é resgatar as características originais do Planalto, inaugurado em 1960
Niemeyer será contratado
para acompanhar obra, que
não será paga pela iniciativa
privada, como aconteceu
com o Palácio da Alvorada
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai promover uma
reforma na sede do governo, o
Palácio do Planalto. As negociações para a contratação do
arquiteto Oscar Niemeyer, autor do projeto de Brasília, foram iniciadas e a previsão é de
que as obras tenham início no
próximo ano. O objetivo, segundo assessores do presidente, é fazer uma restauração para
preservar o prédio -Brasília é
considerada patrimônio cultural da humanidade.
A idéia é resgatar as características originais do prédio,
inaugurado em 21 de abril de
1960, data da transferência da
capital para Brasília, e modernizar instalações elétricas e hidráulicas. Funcionários estimam que 40% da planta original tenha sofrido algum tipo de
modificação ao longo dos anos.
A Presidência ainda não tem
uma estimativa sobre o custo
das obras, já que o projeto da
reforma não foi feito. Mas assessores do presidente dizem
que o dinheiro virá dos cofres
públicos - o valor constará no
orçamento da União de 2008.
As empresas que farão o trabalho serão escolhidas por meio
de licitação, que deve ser feita
no primeiro semestre de 2008.
A reforma obrigará o presidente Lula e os ministros com
gabinete no Planalto a ocupar
outro local de trabalho. Não está definido onde o presidente
despachará neste período.
O Palácio do Planalto tem
quatro andares e quatro anexos, e uma área de 36 mil metros quadrados. O gabinete do
presidente fica no terceiro andar. Está entre os prédios mais
visitados por turistas, sobretudo nos finais de semana.
Alvorada
No primeiro mandato, Lula
promoveu uma reforma na residência oficial da Presidência,
o Palácio da Alvorada.
As obras começaram em dezembro de 2004, a um custo de
R$ 18,4 milhões, e só foram
concluídas em abril de 2006. O
valor foi pago por 20 empresas,
entre elas a Odebrecht, a Gerdau e a Vale do Rio Doce.
Das empresas que formaram
a Associação para a Restauração do Palácio do Alvorada, 12
contribuíram com a campanha
de Lula em 2006. Juntas, deram R$ 19,91 milhões, quase
20% da arrecadação do petista.
Entre elas, 11 doaram também
para Geraldo Alckmin (PSDB).
O objetivo da restauração no
Alvorada era sanar problemas
hidráulicos e elétricos do palácio, instalar ar-condicionado
central e mudar a rede de energia de 110 volts para 220 volts.
(LETÍCIA SANDER)
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