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Visita de Obama ao país é esperada para 2010
Viagem de americano ao Brasil seria antecedida pela de Hillary Clinton, diz o embaixador em Washington, Antônio Patriota
Aprovação de Thomas Shannon para embaixador no Brasil iniciaria visitas; Casa Branca diz não poder confirmar o cronograma
SÉRGIO DÁVILA
DE WASHINGTON
O governo brasileiro espera a
primeira visita de Barack Obama entre o fim do ano e o começo de 2010, disse ontem o embaixador do Brasil em Washington, Antônio Patriota.
De acordo com o diplomata, a
série de viagens de autoridades
norte-americanas ao país seria
iniciada com a visita de William
Burns, o número 2 do Departamento de Estado, "nos próximos meses", seguida pela da secretária Hillary Clinton e pela
do presidente democrata.
Indagado em evento em um
centro de pensamento ontem
em Washington sobre os planos de Obama visitar o Brasil,
Patriota disse que a aprovação
de Thomas Shannon para o cargo de embaixador no Brasil, hoje emperrada no Senado dos
EUA, "provavelmente seria o
primeiro passo para uma série
de visitas" dos americanos.
"A série aconteceria mais ou
menos assim: esperamos a viagem do subsecretário Bill
Burns para os próximos meses,
que abriria caminho para a secretária de Estado, Hillary
Clinton, que desenvolveu uma
relação muito construtiva com
nosso ministro, Celso Amorim,
e, talvez, no fim do ano, começo
do ano que vem, poderíamos
dar as boas-vindas para o presidente Obama", elencou.
"Eu sei que ele [Obama] também está interessado em visitar
outro país sul-americano importante, cuja presidente terá
de deixar o governo no começo
do ano que vem, então esperamos que ele viria antes de ela
sair, o que será em março", disse o brasileiro, referindo-se à
chilena Michelle Bachelet, que
deixa o cargo em março.
Procurado pela Folha, o setor de imprensa da Casa Branca disse não poder confirmar o
cronograma de Obama; fontes
no Departamento de Estado
disseram que não poderiam
confirmar dados específicos
das viagens de Hillary e Burns.
Assim como o de seu sucessor, Arturo Valenzuela, o nome
de Shannon está parado no Senado por conta do republicano
Jim DeMint, que reprova a posição do governo de Barack
Obama em relação à crise em
Honduras -o senador defende
o regime golpista. Segundo o site da revista "Foreign Policy",
DeMint e Shannon se encontraram ontem para conversar,
o que poderia ser um sinal do
fim do bloqueio dos nomes.
"Corrida às armas"
Questionado se a América do
Sul vivia uma "corrida às armas", ele disse que era na verdade "um esforço de modernização das capacidades militares". "Como muitas das economias estão indo melhor do que
no passado, é natural que os
países olhem para áreas que
não seriam uma prioridade em
crise econômica", afirmou ele.
Sobre a concorrência para
vender caças à FAB, afirmou
que "a decisão ainda não foi tomada", mas deve sair em breve.
Por fim, sobre a visita ao Brasil do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ele disse
que está programada para 23 de
novembro e que Obama disse a
Lula que achava positivo que líderes como ele engajassem o
presidente do Irã, principalmente em questões nucleares.
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