São Paulo, sexta-feira, 16 de outubro de 2009

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Visita de Obama ao país é esperada para 2010

Viagem de americano ao Brasil seria antecedida pela de Hillary Clinton, diz o embaixador em Washington, Antônio Patriota

Aprovação de Thomas Shannon para embaixador no Brasil iniciaria visitas; Casa Branca diz não poder confirmar o cronograma


SÉRGIO DÁVILA
DE WASHINGTON

O governo brasileiro espera a primeira visita de Barack Obama entre o fim do ano e o começo de 2010, disse ontem o embaixador do Brasil em Washington, Antônio Patriota.
De acordo com o diplomata, a série de viagens de autoridades norte-americanas ao país seria iniciada com a visita de William Burns, o número 2 do Departamento de Estado, "nos próximos meses", seguida pela da secretária Hillary Clinton e pela do presidente democrata.
Indagado em evento em um centro de pensamento ontem em Washington sobre os planos de Obama visitar o Brasil, Patriota disse que a aprovação de Thomas Shannon para o cargo de embaixador no Brasil, hoje emperrada no Senado dos EUA, "provavelmente seria o primeiro passo para uma série de visitas" dos americanos.
"A série aconteceria mais ou menos assim: esperamos a viagem do subsecretário Bill Burns para os próximos meses, que abriria caminho para a secretária de Estado, Hillary Clinton, que desenvolveu uma relação muito construtiva com nosso ministro, Celso Amorim, e, talvez, no fim do ano, começo do ano que vem, poderíamos dar as boas-vindas para o presidente Obama", elencou.
"Eu sei que ele [Obama] também está interessado em visitar outro país sul-americano importante, cuja presidente terá de deixar o governo no começo do ano que vem, então esperamos que ele viria antes de ela sair, o que será em março", disse o brasileiro, referindo-se à chilena Michelle Bachelet, que deixa o cargo em março.
Procurado pela Folha, o setor de imprensa da Casa Branca disse não poder confirmar o cronograma de Obama; fontes no Departamento de Estado disseram que não poderiam confirmar dados específicos das viagens de Hillary e Burns.
Assim como o de seu sucessor, Arturo Valenzuela, o nome de Shannon está parado no Senado por conta do republicano Jim DeMint, que reprova a posição do governo de Barack Obama em relação à crise em Honduras -o senador defende o regime golpista. Segundo o site da revista "Foreign Policy", DeMint e Shannon se encontraram ontem para conversar, o que poderia ser um sinal do fim do bloqueio dos nomes.

"Corrida às armas"
Questionado se a América do Sul vivia uma "corrida às armas", ele disse que era na verdade "um esforço de modernização das capacidades militares". "Como muitas das economias estão indo melhor do que no passado, é natural que os países olhem para áreas que não seriam uma prioridade em crise econômica", afirmou ele.
Sobre a concorrência para vender caças à FAB, afirmou que "a decisão ainda não foi tomada", mas deve sair em breve.
Por fim, sobre a visita ao Brasil do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ele disse que está programada para 23 de novembro e que Obama disse a Lula que achava positivo que líderes como ele engajassem o presidente do Irã, principalmente em questões nucleares.


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