São Paulo, domingo, 16 de novembro de 2008 |
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Painel RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br Vigilância sanitária
Apontada como foco de corrupção pelo ministro José Temporão, para revolta dos peemedebistas que a
controlam, a Funasa é alvo de uma série de investigações no Ministério Público e no TCU. Os casos foram
compilados pela CPI das ONGs, que respira por aparelhos no Senado. Os contratos sob suspeita incluem
repasses de R$ 40 milhões ao Conselho Indígena de
Roraima para "atendimento sanitário e atenção à saúde" (o CIR disputa com arrozeiros as terras da reserva Raposa-Serra do Sol). Há também indícios de desvios
de R$ 31 milhões da ONG Urihi, em área ianomâmi. Lotes. A Funasa foi dividida de modo a contemplar alguns dos principais caciques do PMDB. O presidente, Danilo Forte, é ligado ao deputado Eunício Oliveira (CE) e ao líder do partido na Câmara, Henrique Alves (RN). O diretor-administrativo, Williames Oliveira, é da cota do senador Valdir Raupp (RO). Já o diretor-executivo, Josenir Nascimento, é afilhado do deputado Jader Barbalho (PA). Mina. Mais do que muitas diretorias de estatais, a Funasa atrai os políticos devido a sua capilaridade nos pequenos e médios municípios. Por seu perfil, o órgão se presta a um festival de nomeações. Paredão. Temporão mexeu num vespeiro ao dizer em público o que todos dizem em privado sobre a Funasa. O apelido de seu presidente é "Danilo Muito Forte". O próximo. A insatisfação da bancada do PMDB com Reinhold Stephanes (Agricultura) é apenas um pouco menor do que a dedicada a Temporão. A reclamação se repete: o ministro não daria a devida "atenção" aos deputados. Colegas. Mas Stephanes está em situação menos crítica. O ministro mais próximo de Temporão na marca do pênalti da Esplanada é o da Justiça, Tarso Genro (PT). Sol nascente. Depois de procurar investidores na Europa, o governo fará um "roadshow" do PAC pela Ásia, no início do ano que vem. Pauta. A primeira tarefa da assessoria internacional contratada pelo Planalto ao custo de R$ 15 milhões será elaborar um plano para vender o Brasil como destino atraente para investidores em meio à crise global. Representantes da Secretaria de Comunicação e da CDN, empresa vencedora da licitação, já começaram a conversar sobre o tema. Convertido. Lula, que já abandonara a idéia de patrocinar o fim da reeleição e a ampliação do mandato para cinco anos, agora diz que passará a defender publicamente o modelo atual. Segundo o presidente, sua experiência lhe ensinou que o segundo mandato pode, sim, ser melhor do que o primeiro. Dinastia. O PDT deve ficar com a secretaria de Trabalho do Rio. O vereador eleito Brizola Neto é o nome mais cotado. O pedido do cargo foi feito diretamente a Eduardo Paes (PMDB) pelo presidente licenciado do partido e ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Lembra? Ameaçada de punição no PT por ter se aliado aos tucanos na eleição deste ano, a ala do partido ligada ao prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, argumentará em sua defesa que a gestão do correligionário e hoje rival Patrus Ananias, na década de 90, teve um secretário do PSDB (João Leite, do Esporte) e apoio do partido na Câmara Municipal. Bonde. Candidato à presidência da Câmara, Ciro Nogueira (PP-PI) negocia um megabloco com PP, DEM, PSB, PC do B, PDT, PR, PTB e PV. Tal sopa de letras reuniria mais de 200 deputados e teria preferência na hora de compor a Mesa Diretora. com FÁBIO ZANINI e SILVIO NAVARRO Tiroteio "O ministro Temporão faz um trabalho técnico, sem usar politicamente o ministério, como quer o PMDB. Isso incomoda." Do deputado DR. ROSINHA (PT-PR), integrante da chamada bancada da saúde, sobre o contencioso dos deputados peemedebistas com o ministro da área, também filiado ao partido. Contraponto Ordem das coisas
Quando presidente da Assembléia da Bahia, Antônio
Honorato (DEM) dizia temer três coisas que começavam
com "a": avião, alma penada e Antonio Carlos Magalhães. |
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