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Em reunião, ministro disse
saber quem divulgou grampo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em reunião na quinta-feira
na sede da Abin (Agência Nacional de Inteligência), o ministro Jorge Armando Felix (Gabinete de Segurança Institucional) disse que a Polícia Federal
já sabe quem tornou público o
grampo com uma conversa do
presidente do STF (Supremo
Tribunal Federal), Gilmar
Mendes. A informação foi confirmada ontem à Folha pelo diretor-geral da Abin, Wilson
Trezza, um dos 400 agentes
presentes ao encontro.
Felix afirmou ontem que não
se pronunciaria sobre a conversa. "Pedi reserva aos agentes. Se confirmo especulações
feitas por mim na reunião e
que disse para manter em sigilo, vão dizer que sou maluco."
A PF disse ontem, por meio
da assessoria de imprensa, que
não concluiu as investigações e
que o ministro poderá ser chamado novamente para depor. A
polícia informou que Felix já
foi ouvido sobre o vazamento
da escuta, o que ele nega.
Segundo reportagem no jornal "O Globo", Felix teria dito a
dirigentes da Abin que o responsável pelo vazamento seria
Nery Kluwe, presidente da Associação de Servidores da Abin.
À Folha, Felix negou: "Não tenho nenhum indício de que
qualquer agente da Abin tenham participado da gravação
ou vazado informações".
Trezza seguiu a mesma linha
do ministro: "Isso deve ser
apurado. Ele [Kluwe] é um servidor da Abin que merece toda
a confiança." Kluwe não foi encontrado ontem pela Folha.
A sindicância do GSI sobre o
grampo que traz uma conversa
do presidente do STF com o senador Demóstenes Torres
(DEM-GO), iniciada em setembro com duração prevista de 30
dias, já foi prorrogada duas vezes. As conclusões deverão ser
apresentadas ainda neste mês.
A maioria dos agentes da Abin
que participaram da Satiagraha
já prestaram depoimento, inclusive Kluwe.
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