DA AGÊNCIA FOLHA

Bruno José Daniel Filho, 50, um dos quatro irmãos do prefeito assassinado de Santo André Celso Daniel (PT), disse que a família não comentaria a declaração do ministro Luiz Gushiken (Comunicação de Governo e Gestão Estratégica).
"Eu não vou comentar, pois primeiro gostaria de ver concretamente o tipo de declaração que foi feita e o tipo de pergunta que foi feita. Por enquanto a família não está se manifestando", disse Bruno Daniel.
Dez dias atrás, em entrevista à Folha, o próprio Bruno, caçula da família, declarou que o PT criou "obstáculos" para evitar que a investigação chegasse aos mandantes do crime de seu irmão. Na ocasião, ele ainda afirmou que políticos mentiram para a sua família. José Genoino, presidente do PT, rebateu as acusações de Bruno.
Em todo o ano passado, porém, as críticas da família ao caso foram protagonizadas por outro irmão, o oftalmologista João Francisco Daniel, 57.
Em depoimento ao Ministério Público em maio de 2002, João Francisco disse ter ouvido de Gilberto Carvalho, ex-secretário de Governo de Santo André, e de Míriam Belchior, ex-mulher de Celso Daniel, a existência de um esquema de cobrança de propina na prefeitura da cidade para financiar campanhas políticas do PT.
Disse que Carvalho mencionou ter entregue R$ 1,2 milhão ao então presidente do PT, José Dirceu. Carvalho, Míriam e Dirceu negam as acusações. (EDUARDO SCOLESE)


Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: Eleições: Tribunal rejeita contas de Genoino
Índice