DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), convocou ontem uma entrevista para criticar o "excesso de otimismo" e a "maximização de resultados" do governo federal, manifestado em balanço feito na reunião ministerial no último fim de semana.
Ele fez críticas às áreas econômica, social e à política externa. "O excesso de otimismo que o governo tem procurado passar para a sociedade brasileira não corresponde à realidade. O governo Lula maximizou resultados e os massificou. Nunca se viu tamanha publicidade no Brasil."
O senador disse que o governo substituiu a "diplomacia de resultados" pela "diplomacia ideológica" na política externa e criticou o perdão a dívidas de países africanos sem consulta ao Senado.
Para Bornhausen, o crescimento econômico registrado neste ano deve-se ao cenário internacional e ao setor de agronegócio.
Questionado sobre a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que subiu de 58,8% para 65,4% de acordo com pesquisa CNT/Sensus divulgada anteontem, Bornhausen creditou essa popularidade à "ausência de contraditório". Segundo ele, isso é revertido nos períodos eleitorais, devido ao programa eleitoral gratuito na TV e no rádio.
O pefelista afirmou que vai conversar amanhã em São Paulo com o prefeito eleito José Serra (PSDB) sobre a disputa presidencial de 2006. O PFL deve lançar oficialmente a candidatura do prefeito do Rio, Cesar Maia, à Presidência em reunião do Diretório Nacional hoje. Ele não descartou, porém, uma aliança com os tucanos. "Pode chegar no ano que vem e se um candidato estiver muito acima do outro devemos nos unir em uma chapa só". (FERNANDA KRAKOVICS)


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