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Dilma é desconhecida por 48%, diz pesquisa
Em dois levantamentos, gestão Lula atinge recordes de aprovação, com 71% no Sensus e 73% no Ibope
LETÍCIA SANDER
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Pesquisa do Instituto Sensus
encomendada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) e divulgada ontem mostra que a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) -que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
tenta transformar em sua sucessora- é hoje desconhecida
de quase metade do eleitorado.
Um total de 47,8% dos entrevistados pelo instituto disse
não conhecer ou não ter ouvido
falar da ministra. Questionados
se, com o apoio de Lula, votariam ou não em Dilma para
presidente, 15,2% dos que a conhecem responderam que ela
seria "a única em quem votariam", 28,7% admitiram que
poderiam votar e 30,1% disseram que não votariam.
O Sensus fez 2.000 entrevistas, de 8 a 12 de dezembro. A
margem de erro é de três pontos percentuais. O instituto
também fez uma série de simulações sobre as eleições de
2010. Numa delas, num eventual primeiro turno, José Serra
(PSDB) aparece com 46,5% das
intenções de voto, contra 12,5%
de Heloísa Helena (PSOL) e
10,4% de Dilma. Brancos, nulos
e os que declararam não saber
em que votar somam 30,6%.
Segundo o Sensus, o desempenho do governo Lula alcança
71,1% de menções positivas, o
maior índice desde que começou a ser feito, em 1998. O desempenho pessoal de Lula é
aprovado por 80,3% dos entrevistados, conforme a pesquisa.
A alta popularidade da gestão
Lula foi confirmada por outra
pesquisa divulgada ontem, feita
pelo Ibope para a CNI (Confederação Nacional da Indústria). Segundo o Ibope, o governo Lula é considerado "ótimo"
ou "bom" para 73% dos brasileiros, o que faz dele o chefe do
Executivo mais bem avaliado
desde a redemocratização do
país. O recorde registrado pelo
Ibope era de José Sarney (1985-1990), que, em setembro de
1986, durante o Plano Cruzado,
teve 72% de avaliação positiva.
Os números confirmam levantamento do Datafolha publicado no início do mês, segundo o qual o governo obteve
70% de "ótimo/bom", recorde
desde pelo menos 1990.
O Ibope ouviu 2.002 pessoas,
entre 5 e 8 de dezembro, com
margem de erro de dois pontos
percentuais. As duas pesquisas
mostram uma piora na avaliação na expectativa dos brasileiros em relação a temas como
emprego, renda, saúde, educação, segurança, inflação e emprego. Exemplo: em setembro,
52,9% disseram ao Sensus que
a situação do emprego havia
melhorado nos últimos seis
meses. Na atual pesquisa, o índice caiu para 39,3%. O Ibope
mostrou que 84% consideram a
crise "muito grave" ou "grave".
Mas, para 56%, o país será pouco ou nada prejudicado por ela.
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