|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
NARCOTRÁFICO
Droga estava em favela comandada pelo traficante Fernandinho Beira-Mar, alvo central da CPI
Polícia apreende 3 t de maconha no RJ
free-lance para a Folha
Três toneladas de maconha foram apreendidas na madrugada
de ontem na Favela Beira-Mar,
em Duque de Caxias (RJ), controlada pelo traficante Fernandinho
Beira-Mar.
A apreensão foi a maior feita pela Polícia Militar no atual governo
e, segundo a Assessoria de Comunicação Social do Estado, possivelmente a mais vultosa nos últimos cinco anos. Ninguém estava
no barraco onde a droga foi encontrada e não houve prisões.
A favela Beira-Mar fica em Caxias, na Baixada Fluminense, e
tem fundos para a baía de Guanabara. A favela é comandada por
um dos traficantes mais procurados no país, Fernandinho Beira-Mar. A CPI do Narcotráfico o coloca como alvo central nas investigações relativas ao Rio.
Fernandinho Beira-Mar está foragido desde dezembro de 1996,
quando escapou da Polícia Federal em Minas Gerais.
Sete policiais do 15º Batalhão de
Polícia Militar (Duque de Caxias)
participaram da operação que resultou na apreensão da droga, iniciada na tarde de sábado. O capitão Porto, comandante do grupo,
revelou ter informações de que
um grande carregamento estaria
para chegar à favela.
"Apuramos que ficaria escondido numa casa vazia na rua Pereira
Passos. Na tarde de ontem (sábado), organizamos uma patrulha e
iniciamos a investigação. Verificamos que realmente havia algumas casas vazias nessa rua e, ao
entrar na casa seis, encontramos
toda a carga", explicou.
Foram encontrados no interior
da casa 60 sacos de maconha, com
cerca de 50 quilos cada um. Segundo os policiais, a droga teria
chegado na noite de sexta-feira.
A polícia suspeita que a maconha tenha vindo do Paraguai,
porque as embalagens são do Paraná, Estado que faz fronteira
com esse país.
A polícia teve dificuldades em
conseguir um lugar para armazenar a maconha por causa da grande quantidade apreendida.
As três toneladas, avaliadas pela
polícia em R$ 2 milhões, foram
transportadas num microônibus
escoltado por oito policiais. O carregamento foi levado primeiro
para a 16ª DP (Barra da Tijuca) e
em seguida para o Instituto Carlos Éboli (no Centro), antes de
voltar para Caxias e ser guardada
na 59ª DP.
Hoje, a droga deve ser encaminhada para a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE),
onde deverá ficar até que a Justiça
determine a sua incineração.
Texto Anterior: Corpos serão exumados no Acre Próximo Texto: Questão agrária: MST ameaça nova onda de invasões Índice
|