São Paulo, Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2000


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NARCOTRÁFICO
Droga estava em favela comandada pelo traficante Fernandinho Beira-Mar, alvo central da CPI
Polícia apreende 3 t de maconha no RJ

free-lance para a Folha

Três toneladas de maconha foram apreendidas na madrugada de ontem na Favela Beira-Mar, em Duque de Caxias (RJ), controlada pelo traficante Fernandinho Beira-Mar.
A apreensão foi a maior feita pela Polícia Militar no atual governo e, segundo a Assessoria de Comunicação Social do Estado, possivelmente a mais vultosa nos últimos cinco anos. Ninguém estava no barraco onde a droga foi encontrada e não houve prisões.
A favela Beira-Mar fica em Caxias, na Baixada Fluminense, e tem fundos para a baía de Guanabara. A favela é comandada por um dos traficantes mais procurados no país, Fernandinho Beira-Mar. A CPI do Narcotráfico o coloca como alvo central nas investigações relativas ao Rio.
Fernandinho Beira-Mar está foragido desde dezembro de 1996, quando escapou da Polícia Federal em Minas Gerais.
Sete policiais do 15º Batalhão de Polícia Militar (Duque de Caxias) participaram da operação que resultou na apreensão da droga, iniciada na tarde de sábado. O capitão Porto, comandante do grupo, revelou ter informações de que um grande carregamento estaria para chegar à favela.
"Apuramos que ficaria escondido numa casa vazia na rua Pereira Passos. Na tarde de ontem (sábado), organizamos uma patrulha e iniciamos a investigação. Verificamos que realmente havia algumas casas vazias nessa rua e, ao entrar na casa seis, encontramos toda a carga", explicou.
Foram encontrados no interior da casa 60 sacos de maconha, com cerca de 50 quilos cada um. Segundo os policiais, a droga teria chegado na noite de sexta-feira.
A polícia suspeita que a maconha tenha vindo do Paraguai, porque as embalagens são do Paraná, Estado que faz fronteira com esse país.
A polícia teve dificuldades em conseguir um lugar para armazenar a maconha por causa da grande quantidade apreendida.
As três toneladas, avaliadas pela polícia em R$ 2 milhões, foram transportadas num microônibus escoltado por oito policiais. O carregamento foi levado primeiro para a 16ª DP (Barra da Tijuca) e em seguida para o Instituto Carlos Éboli (no Centro), antes de voltar para Caxias e ser guardada na 59ª DP.
Hoje, a droga deve ser encaminhada para a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), onde deverá ficar até que a Justiça determine a sua incineração.


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