|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Alckmin e Marta mantêm frente na corrida paulistana
Segundo Datafolha, tucano tem 29%, e petista, 25%; Kassab seria o escolhido de 12%
Pesquisa deve transferir do
ex-governador para o atual
prefeito a pressão política
decorrente das incertezas
sobre a aliança PSDB-DEM
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A menos de oito meses das
eleições -e para desgosto do
prefeito Gilberto Kassab
(DEM)-, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) e a ministra Marta Suplicy (PT) mantêm-se hoje como os favoritos
na corrida pela Prefeitura de
São Paulo, revela a primeira
pesquisa Datafolha do ano.
No cenário que inclui o nome
de Kassab, Alckmin conta com
29% das intenções de voto e
tem ligeira vantagem sobre
Marta, que aparece com 25%.
Como a margem de erros é de
três pontos percentuais, para
mais ou para menos, os dois estão tecnicamente empatados.
Kassab, por sua vez, tem 12%
da preferência e está tecnicamente empatado com Paulo
Maluf (PP) e Luiza Erundina
(PSB). Maluf tem 10%. Ela, 8%.
O Datafolha entrevistou
1.092 pessoas no dia 14. Em
comparação à pesquisa anterior -realizada entre 26 e 29 de
novembro-, o resultado tende
a transferir para Kassab a pressão política que estava sobre os
ombros de Alckmin. O lançamento das duas candidaturas
significaria o rompimento da
aliança PSDB-DEM na cidade.
O tucano, que sofrera queda
de quatro pontos percentuais
de agosto para novembro, oscilou três pontos para cima na última pesquisa. Marta teve uma
variação positiva de um ponto.
Já Kassab sofreu uma oscilação
negativa de um ponto. Em relação a novembro, a diferença de
Alckmin para Kassab passou de
13 para 17 pontos.
A pressão sobre Kassab pode
ficar maior após análise dos
cinco cenários apresentados
pelo instituto. Chamando atenção para quem perde e ganha
com a exclusão dos potenciais
candidatos, o diretor-geral do
Datafolha, Mauro Paulino, ressalta que "o eleitorado de Alckmin e o de Kassab têm perfil semelhante". Em sua opinião,
"saindo juntos, eles dividem os
votos. Isso beneficia Marta".
Segundo a pesquisa, Alckmin
só fica isolado na liderança,
descolando-se de Marta, no cenário em que Kassab está fora
do páreo. Sem Kassab, Alckmin
chega a 34% das intenções de
voto, seis pontos à frente de
Marta, que tem 28%.
"Nesse cenário, Alckmin sobe cinco pontos, de 29% para
34%, e se isola na liderança",
afirma Paulino.
Alckmin também lidera sozinho quando Marta é substituída pelo presidente da Câmara,
Arlindo Chinaglia (PT). Nessa
simulação, o tucano obtém
33%, contra 16% de Kassab.
Também nesse caso, Kassab
aparece em empate técnico
com Erundina (14%) e Maluf
(12%)."Sem Marta, a Erundina
é a maior beneficiada. Sobe de
8% para 14%", destaca Paulino.
Marta assume a liderança
quando Alckmin é excluído da
disputa. Com 32% das intenções de voto, ela fica 13 pontos à
frente de Kassab (19%). Maluf e
Erundina dividem o terceiro
lugar, com 13% e 10% da preferência respectivamente. Também aí Kassab sofre uma oscilação negativa de um ponto, em
comparação a novembro.
Não há alterações significativas no cenário em que é excluído o nome de Maluf -nunca
testado anteriormente. Apesar
da redução da vantagem de
Alckmin sobre Marta, os dois
continuam empatados. Nesse
caso, o tucano tem 30% contra
28% de Marta. O prefeito Kassab aparece com 13%, empatado com Erundina (9%).
Pela segunda vez consecutiva, a pesquisa registra uma perda de Alckmin entre os eleitores mais escolarizados. De
agosto para cá, Alckmin passou
de 43% para 32% entre os eleitores com nível superior -em
relação à última pesquisa, encolheu cinco pontos. Na comparação com novembro, Kassab evoluiu cinco pontos nessa
faixa do eleitorado e está com
19%. Marta oscilou dois pontos
para cima e aparece com 17%.
Texto Anterior: Painel Próximo Texto: Alckmin venceria Marta por 52% a 40% no 2º turno Índice
|