Diferença fica estável; ex-governador tem metade da rejeição da ex-prefeita, mas é menos lembrado na pesquisa espontânea

Vantagem do tucano cresce à medida que aumenta a renda e a escolaridade do eleitor; petista lidera no eleitorado de baixa renda

DA REPORTAGEM LOCAL

Com uma taxa de rejeição de apenas 14%, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) derrotaria a ministra Marta Suplicy (PT), que tem o dobro da rejeição (28%), se o segundo turno da eleição para a Prefeitura de São Paulo fosse realizado hoje. Alckmin venceria a eleição com 52% da preferência, contra 40% de Marta.
Em novembro, a vantagem de Alckmin era ligeiramente maior -de 14 pontos (53% contra 39%). A pequena oscilação dos dois candidatos, porém, está dentro da margem de erro da pesquisa, que é de três pontos para mais ou para menos.
Alckmin e Marta ficariam empatados entre os eleitores com nível de escolaridade fundamental -ele tem 46%, ela, 45%. Entre os entrevistados com nível médio de escolaridade, a vantagem de Alckmin sobre Marta chegaria a 17 pontos (56% contra 39%). Essa diferença salta para 32 pontos entre os eleitores com nível superior: nesse estrato, Alckmin teria 61% contra 29% de Marta.
Ainda segundo o Datafolha, Marta estaria à frente de Alckmin entre os entrevistados com renda familiar inferior a dois salários mínimos. Nessa faixa, ela teria 49% da preferência -seis a mais do que Alckmin.
O tucano venceria entre aqueles com renda familiar de dois a cinco salários mínimos por 55% a 38%. Essa vantagem cresceria ainda mais entre os paulistanos com renda familiar de cinco a dez salários mínimos: 60% a 36%. E, entre os entrevistados com renda superior a dez salários, o tucano derrotaria a petista por 63% a 25%.
Alckmin venceria um segundo turno contra Gilberto Kassab (DEM) por 59% a 26%. O prefeito tem um índice de rejeição de 26% -metade do apresentado pelo deputado federal Paulo Maluf (52%) e praticamente igual ao de Marta (28%). Ele é o mais lembrado na pesquisa espontânea (11%), contra 10% de Marta e 6% de Alckmin.
Alckmin venceria Kassab em todas as faixas de escolaridade e renda. A diferença seria menor entre aqueles com nível superior (54% a 31%) e renda familiar superior a dez salários mínimos (55% a 32%).
Marta também venceria Kassab, mas por 11 pontos de vantagem: 50% contra 39%. Ela ganharia entre os menos escolarizados por 53% a 35%, mas perderia entre os eleitores com nível superior por 36% a 51%.


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