|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Frente fria adia visita de Lula à Antártida
Mau tempo na região impede pousos e decolagens, cancelando viagem de ontem para a base brasileira
EDUARDO SCOLESE
ENVIADO ESPECIAL A PUNTA ARENAS
Por conta do mau tempo na
Antártida, o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva cancelou a
visita programada para ontem
à base brasileira no continente.
A viagem poderá ocorrer hoje,
se persistirem as condições
previstas no boletim do serviço
meteorológico chileno divulgado ontem à noite, que previa
"tempo bom e com boa visibilidade" para o domingo.
Por conta do cancelamento
de ontem, o presidente, a primeira-dama, Marisa Letícia, e o
restante da comitiva permaneceram em Punta Arenas (sul do
Chile), sem agenda oficial.
Lula foi informado do cancelamento no início da manhã de
ontem. Assessores militares
disseram a ele que, diante de
uma frente fria na região, não
haveria "janela" para pousos e
decolagens numa base aérea
chilena (onde está a pista mais
próxima à estação brasileira).
Ansioso para conhecer a base, Lula lamentou a assessores
estar a quase quatro horas de
vôo de Santiago, onde poderia
organizar às pressas um encontro de trabalho com a presidente chilena, Michelle Bachelet.
"Pena que estou longe da Bachelet."
Para hoje, a Presidência espera uma "janela" de pelo menos seis horas. De Punta Arenas até a base chilena são cerca
de três horas de vôo. Lula seguirá numa aeronave Hércules da
Força Aérea Brasileira. De lá,
mais meia hora de helicóptero
até a Estação Antártica Comandante Ferraz, base do país
em operação desde 1984.
Para pouso na base chilena,
de 1.200 metros de extensão e
com gelo e água nas duas cabeceiras, é preciso haver um teto
de ao menos 800 pés -numa
altitude de 270 metros, o piloto
deve ter condições de visualizar
a cabeceira da pista. Ontem o
teto estava em 400 pés.
A segurança da Presidência
temia que, mesmo com uma
eventual abertura da "janela", o
tempo se fechasse em seguida e
impedisse a volta de Lula e da
comitiva. No início do mês, por
conta do mau tempo, 13 parlamentares brasileiros ficaram
cinco dias presos na Antártida.
As bases brasileira e chilena
têm estrutura para superar a
eventualidade. O alojamento
brasileiro acomoda 50 pessoas.
Texto Anterior: TJ intervém em fundação ligada à UnB Próximo Texto: Elio Gaspari: A desordem da Ordem esbarrou no STJ Índice
|