São Paulo, domingo, 17 de fevereiro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Frente fria adia visita de Lula à Antártida

Mau tempo na região impede pousos e decolagens, cancelando viagem de ontem para a base brasileira

EDUARDO SCOLESE
ENVIADO ESPECIAL A PUNTA ARENAS

Por conta do mau tempo na Antártida, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cancelou a visita programada para ontem à base brasileira no continente. A viagem poderá ocorrer hoje, se persistirem as condições previstas no boletim do serviço meteorológico chileno divulgado ontem à noite, que previa "tempo bom e com boa visibilidade" para o domingo.
Por conta do cancelamento de ontem, o presidente, a primeira-dama, Marisa Letícia, e o restante da comitiva permaneceram em Punta Arenas (sul do Chile), sem agenda oficial.
Lula foi informado do cancelamento no início da manhã de ontem. Assessores militares disseram a ele que, diante de uma frente fria na região, não haveria "janela" para pousos e decolagens numa base aérea chilena (onde está a pista mais próxima à estação brasileira).
Ansioso para conhecer a base, Lula lamentou a assessores estar a quase quatro horas de vôo de Santiago, onde poderia organizar às pressas um encontro de trabalho com a presidente chilena, Michelle Bachelet. "Pena que estou longe da Bachelet."
Para hoje, a Presidência espera uma "janela" de pelo menos seis horas. De Punta Arenas até a base chilena são cerca de três horas de vôo. Lula seguirá numa aeronave Hércules da Força Aérea Brasileira. De lá, mais meia hora de helicóptero até a Estação Antártica Comandante Ferraz, base do país em operação desde 1984.
Para pouso na base chilena, de 1.200 metros de extensão e com gelo e água nas duas cabeceiras, é preciso haver um teto de ao menos 800 pés -numa altitude de 270 metros, o piloto deve ter condições de visualizar a cabeceira da pista. Ontem o teto estava em 400 pés.
A segurança da Presidência temia que, mesmo com uma eventual abertura da "janela", o tempo se fechasse em seguida e impedisse a volta de Lula e da comitiva. No início do mês, por conta do mau tempo, 13 parlamentares brasileiros ficaram cinco dias presos na Antártida.
As bases brasileira e chilena têm estrutura para superar a eventualidade. O alojamento brasileiro acomoda 50 pessoas.


Texto Anterior: TJ intervém em fundação ligada à UnB
Próximo Texto: Elio Gaspari: A desordem da Ordem esbarrou no STJ
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.