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Eleitores valorizam honestidade
DA REDAÇÃO
Para 86% das pessoas, é muito
importante que um candidato a
presidente nunca tenha se envolvido em casos de corrupção.
Essa característica é a mais valorizada pelos eleitores na hora de
definir o voto, segundo levantamento do Datafolha. Para 6%, essa qualidade é um pouco importante, e outros 6% acham que ela
não influencia na escolha.
A pré-candidata do PFL à Presidência e governadora do Maranhão, Roseana Sarney, está sendo
investigada por ser acusada de envolvimento em irregularidades na
Sudam. Uma empresa de sua propriedade, a Lunus, sofreu uma
operação de busca e apreensão no
dia 1º de março. Após a operação
da Polícia Federal, as intenções de
voto na candidata caíram de 23%
para 15% (cenário principal) e sua
rejeição cresceu de 13% para 20%.
A honestidade é mais valorizada
entre as pessoas com 25 a 34 anos
de idade (91% a consideram muito importante), e menos valorizada entre as pessoas de 60 anos ou
mais (78%). Por região, a honestidade é mais estimada no Sul
(91%) e menos no Nordeste
(81%). É também mais importante para as pessoas com nível superior (94%) do que para aqueles
que têm até o 1º grau (82%) e para
aquelas que ganham mais de 20
salários mínimos (94%).
Ainda segundo o levantamento
do Datafolha, a segunda principal
motivação do voto é a experiência
administrativa: 84% acreditam
que ela é muito importante ao escolher um presidente: apenas 3%
não dão importância para isso.
Diversamente do que ocorre
com a honestidade, a experiência
no governo é mais valorizada entre os eleitores que têm o segundo
grau (88%) e entre aqueles que
ganham até 10 salários mínimos
(85%). Ela é também mais estimada no interior (85%) do que nas
regiões metropolitanas (83%).
O fato de o candidato ser religioso é definido como muito importante por cerca da metade dos entrevistados: 48%. Do total, 18%
disseram que essa característica é
um pouco importante e 32% disseram que ela é nada importante.
A religiosidade é mais valorizada
no interior (53%) do que nas regiões metropolitanas (40%). O
Nordeste é a região que mais estima a religiosidade (53%), em contraste com o Sul (41%).
(RAFAEL CARIELLO)
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