São Paulo, domingo, 17 de março de 2002

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Eleitores valorizam honestidade

DA REDAÇÃO

Para 86% das pessoas, é muito importante que um candidato a presidente nunca tenha se envolvido em casos de corrupção.
Essa característica é a mais valorizada pelos eleitores na hora de definir o voto, segundo levantamento do Datafolha. Para 6%, essa qualidade é um pouco importante, e outros 6% acham que ela não influencia na escolha.
A pré-candidata do PFL à Presidência e governadora do Maranhão, Roseana Sarney, está sendo investigada por ser acusada de envolvimento em irregularidades na Sudam. Uma empresa de sua propriedade, a Lunus, sofreu uma operação de busca e apreensão no dia 1º de março. Após a operação da Polícia Federal, as intenções de voto na candidata caíram de 23% para 15% (cenário principal) e sua rejeição cresceu de 13% para 20%.
A honestidade é mais valorizada entre as pessoas com 25 a 34 anos de idade (91% a consideram muito importante), e menos valorizada entre as pessoas de 60 anos ou mais (78%). Por região, a honestidade é mais estimada no Sul (91%) e menos no Nordeste (81%). É também mais importante para as pessoas com nível superior (94%) do que para aqueles que têm até o 1º grau (82%) e para aquelas que ganham mais de 20 salários mínimos (94%).
Ainda segundo o levantamento do Datafolha, a segunda principal motivação do voto é a experiência administrativa: 84% acreditam que ela é muito importante ao escolher um presidente: apenas 3% não dão importância para isso.
Diversamente do que ocorre com a honestidade, a experiência no governo é mais valorizada entre os eleitores que têm o segundo grau (88%) e entre aqueles que ganham até 10 salários mínimos (85%). Ela é também mais estimada no interior (85%) do que nas regiões metropolitanas (83%).
O fato de o candidato ser religioso é definido como muito importante por cerca da metade dos entrevistados: 48%. Do total, 18% disseram que essa característica é um pouco importante e 32% disseram que ela é nada importante. A religiosidade é mais valorizada no interior (53%) do que nas regiões metropolitanas (40%). O Nordeste é a região que mais estima a religiosidade (53%), em contraste com o Sul (41%).
(RAFAEL CARIELLO)



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