São Paulo, quinta-feira, 17 de março de 2005 |
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PAINEL Inimigo íntimo 1 Assustados com o apetite do PFL, que lhes tomou a presidência da Assembléia, tucanos já falam com temor da perspectiva de entregar ao aliado o governo paulista, caso Geraldo Alckmin se desincompatibilize para concorrer ao Planalto em 2006. Inimigo íntimo 2 Segundo traumatizados tucanos, nada garante o engajamento do vice Cláudio Lembo na campanha de Alckmin. Afinal, o PFL tem presidenciável próprio. Além de vários interessados no Palácio dos Bandeirantes, entre eles o próprio Lembo. Achômetro Na Folha de ontem, Lembo achou "bonita" a vitória do correligionário Rodrigo Garcia na Assembléia Legislativa. E Alckmin não achou a menor graça na declaração de seu vice. Água fria Presidente do PFL, Jorge Bornhausen minimiza a gritaria tucana sobre o tombo na Assembléia. "O script não foi o previsto pela nossa direção estadual, mas em um mês a poeira vai baixar, e então ficará claro que o Rodrigo é um aliado do governador". A vida continua A despeito do estresse tucano, Alckmin evitou colocar sangue na boca dos 46 deputados que votaram em Edson Aparecido (PSDB). Em encontro ontem, agradeceu-lhes o apoio, mas não fez a caveira dos vitoriosos. Para Cristo Arnaldo Madeira é o José Genoino do PSDB. Assim como o naufrágio do candidato oficial na Câmara foi debitado da conta do presidente petista, o fiasco tucano na Assembléia é agora atribuído, em maior ou menor medida, à "desastrada" articulação do secretário da Casa Civil. Próximo capítulo O PT pressiona Rodrigo Garcia a instalar as CPIs que o governo Alckmin até hoje conseguiu evitar na Assembléia Legislativa. Já o baixo clero cobra do pefelista as regalias prometidas durante a campanha. Intervalo José Serra diz que não vai acabar com o fomento ao teatro. Segundo o prefeito tucano, a suspensão é temporária e visa estabelecer critérios claros para a concessão de incentivos. Fogo alto De Lula para o peemedebista Amir Lando (Previdência), na conversa de anteontem que, esperava-se, selaria a saída do ministro do governo: "Ô Amir, agüenta firme até segunda ou terça-feira para a gente ver". Fogo brando Segundo aliados de Humberto Costa, o que mais incomoda o ministro da Saúde em seu processo de fritura é que todos os dias os jornais o acusam de incompetência, e ninguém do governo sai em sua defesa. Lição de casa No jantar pelos 20 anos da redemocratização, anteontem, Romero Jucá (PMDB-RR) recusava-se a falar como ministro, mas recitava de cor a vasta numeralha da Previdência. Tô fora José Genoino reagiu à tentativa de emplacar Roseana Sarney na Coordenação Política. O presidente do PT, que tem toureado as reações do partido à reforma, disse que não compraria a briga. O Palácio o tranqüilizou. Impasse O ministro Roberto Rodrigues (Agricultura) diz não ser contra a ratificação da convenção antifumo. Apenas não aceita que os produtores percam renda caso o plantio seja proibido. Sugere uma espécie de Cide do cigarro para custear a troca de lavoura. Multimídia Os gabinetes dos deputados federais estão sendo bombardeados com uma mensagem de telemarketing de 20 minutos de André Luiz (RJ) se defendendo no processo de cassação. TIROTEIO Do deputado Raul Jungmann (PPS-PE) sobre a edição da MP que regulariza a situação de municípios que feriram a Lei de Responsabilidade Fiscal: -É a anarquia das finanças públicas brasileiras, e tudo o que conquistamos, incluindo a estabilidade fiscal, fica em risco. CONTRAPONTO Tela cheia Na sessão solene do Senado
para homenagear Luís Eduardo
Magalhães, morto em 1998 e que
faria 50 anos ontem, o senador
pefelista José Jorge (PE) lembrou estar à frente de seu partido naquele ano, quando o deputado baiano era líder do governo
Fernando Henrique na Câmara. |
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