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Garcia promete apurar funcionários irregulares
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
O novo presidente da Assembléia Legislativa do Estado de São
Paulo, Rodrigo Garcia (PFL), 30,
prometeu ontem que fará um levantamento completo de todo o
quadro de servidores da Casa.
O objetivo é apurar quais são os
funcionários que recebe mais que
o estabelecido no teto salarial de
R$ 13.540,85.
No domingo passado, a Folha
divulgou três casos de funcionários em situação irregular.
Em um deles, o secretário-geral
parlamentar, Auro Augusto Caliman, foi transferido por lei complementar para o TCE (Tribunal
de Contas do Estado), onde o teto
salarial é maior, mas continuou
trabalhando na Assembléia Legislativa recebendo vencimentos de
aproximadamente R$ 18 mil.
Em outros dois casos de funcionários que já recebiam uma aposentadoria superior ao teto, parentes foram contratados para
uma nova função.
A Folha apurou que esses parentes não trabalham nem nunca
trabalharam na Casa.
"Já pedi um levantamento de
todo o quadro de servidores da
Casa e, se encontrarmos irregularidades, isso será corrigido", afirmou Garcia, em seu primeiro dia
como presidente da Assembléia.
Apesar de as situações irregulares apontadas pela reportagem terem ocorrido durante a presidência de seu antecessor, o deputado
Sidney Beraldo (PSDB), Garcia
afirmou não responsabilizar o tucano por quaisquer problemas.
Exoneração
Auro Augusto Caliman pediu
anteontem exoneração da Secretaria Geral Parlamentar.
Ele ocupava um dos cargos mais
altos e de maior remuneração na
Assembléia. A saída dele foi publicada ontem no Diário Oficial
do Poder Legislativo.
O Ministério Público de São
Paulo oficiou ontem a Assembléia
para justificar a transferência de
Caliman para os quadros do TCE.
Desde janeiro de 2005, Caliman
recebia pelo tribunal, mas trabalhava na Casa.
Ele será substituído por Vera
Ortiz Monteiro, ex-funcionária
do Ministério Público e que ocupava a função de assessora especial da secretaria.
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