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Painel
RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br
Com quem será?
Noiva mais cobiçada da eleição paulistana, Orestes
Quércia analisa propostas de aliança com Marta Suplicy (PT), Gilberto Kassab (DEM) e Geraldo Alckmin
(PSDB) -nesta ordem de probabilidade. Quem conseguir seduzi-lo ficará com um dote invejável: o tempo de televisão do PMDB. Marta leva alguma vantagem porque: a) diz "sim" sem pestanejar às duas principais condições de Quércia (prerrogativa de indicar o
vice e apoio à sua candidatura ao Senado em 2010); b)
as conversas estão adiantadas; c) PT e PMDB já vivem
sob o mesmo teto no governo federal. Contra ela pesa
a desconfiança do ex-governador, que se deu mal ao
fazer negócio com o PT em 2002 e 2004.
Namoro... Também com
Kassab -dos três o mais necessitado da injeção de tempo
televisivo- Quércia está em
tratativas. Mas o prefeito é
mais reticente quanto à indicação do seu vice. E ainda não
surgiu em cena o único personagem em condições de avalizar a eventual aliança para o
Senado: o tucano José Serra.
...ou amizade? Já Alckmin, líder nas pesquisas, tem
a seu favor a perspectiva mais
robusta de vitória. As conversas, porém, estão mais incipientes. Quércia não acredita
que o ex-governador tenha
força suficiente, dentro do
PSDB paulista, para lhe garantir o apoio em 2010.
Miudezas. Um gesto do
PSDB serrista que poderia
ajudar Gilberto Kassab a concretizar a aliança seria a retirada do tucano Roberto Massafera da disputa em Araraquara, onde o quercista de todas as horas Marcelo Barbieri
pretende concorrer à prefeitura. Mas a operação não é tão
simples. As forças interessadas na candidatura de Massafera vão muito além do PSDB.
Vísceras. No DEM, há
quem defenda encaminhamento radical para o impasse
paulistano: forçar uma prévia
no PSDB, na qual, acreditam
os "demos", a tese do apoio a
Kassab derrotaria a da candidatura Alckmin. Mas até os
serristas mais ferrenhos
acham que essa saída poderia
arrebentar o partido.
Talismã. Chico Alencar
(PSOL) lança hoje sua candidatura à Prefeitura do Rio. Para driblar o escasso tempo de
TV e a concorrência com Fernando Gabeira (PV) pela mesma faixa do eleitorado, o deputado espera contar com Heloísa Helena como cabo
eleitoral. Ela teve 20% dos votos da cidade no primeiro turno da eleição presidencial.
Na mira. A oposição na
CPI das ONGs estabeleceu
como meta a convocação dos
empresários Luís Lima e Flávia Camarero, donos das consultorias Intercorp e Camarero, acusados de faturar R$ 22
milhões por meio de contratos com a Finatec. As empresas funcionam em pequenas
salas comerciais em Brasília e
na cidade de Indaiatuba (SP).
Para sempre. Cristovam
Buarque (PDT-DF) já recolheu 30 assinaturas para
emenda de sua autoria que
prevê a criação de CPI permanente no Senado, com funcionamento semelhante ao das
comissões temáticas. Ele alega que isso acabaria com a indicação de integrantes ao sabor do tema investigado.
Calendário. Termina amanhã o prazo para que Marcos
Santi, servidor do Senado que
acusou Renan Calheiros de
usar a presidência da Casa para intervir em seus processos
de cassação, apresentar recurso contra a advertência
que recebeu da Mesa. Ele vai
pedir a reconsideração.
Nem vem. O primeiro-secretário da Casa, Efraim Morais (DEM-PB), reagiu com irritação diante da possibilidade de recurso. Disse a colegas
que, se isso ocorrer, a pena poderá ser agravada para suspensão. Mas um grupo de senadores capitaneado por Cristovam Buarque, Pedro Simon (PMDB-RS) e Aloizio
Mercadante (PT-SP) entrou
no circuito para interceder
em favor do funcionário.
Livro. O ex-deputado Vilmar
Rocha (DEM-GO) faz palestra hoje às 17h na Associação
Comercial de São Paulo, onde
lança em seguida a obra "O
Fascínio do Neopopulismo".
Tiroteio
"Não adianta o Congresso mudar o rito de
tramitação de medidas provisórias porque esse
governo não precisa do Legislativo. E sabe que,
se precisar, é só jogar alpiste que a base vota."
Do senador DEMÓSTENES TORRES (DEM-GO), sobre as negociações
com o Planalto para controlar o ritmo de edição de MPs.
Contraponto
Picanha ao ponto
O colégio de líderes da Assembléia Legislativa de São Paulo se reuniu na semana passada em clima de mudança.
Vários de seus integrantes, como Maria Lucia Amary (PSDB) e Simão Pedro
(PT), despediam-se depois de um ano na
função para dar lugar a colegas de bancada. Ao ver a tucana e o petista ressaltando a importância desse "rodízio", o deputado Campos Machado, que há 17 anos ocupa a liderança do
PTB na Casa, discordou prontamente:
-Rodízio, pra mim, só na churrascaria!
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