São Paulo, segunda-feira, 17 de março de 2008

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Desentendimento entre ACM e genro aumentou após 98

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

Até abril de 1998, quando o deputado Luís Eduardo Magalhães morreu, a convivência entre o senador Antonio Carlos Magalhães e seu genro, o empreiteiro César de Araújo Mata Pires, era harmônica. Mas, depois disso, ACM e o principal acionista da construtora OAS, personalidades de temperamentos explosivos, começaram a se desentender com freqüência-a amigos, Mata Pires acusava ACM de isolá-lo e excluí-lo das decisões.
A crise atingiu o auge em 2005, quando Antonio Carlos Magalhães organizou um evento para comemorar os 50 anos de nascimento de Luís Eduardo. Nenhuma pessoa da família de Mata Pires-incluindo a mulher, Teresa, irmã de Luís Eduardo- compareceu à solenidade.
O troco do senador baiano não demorou-no casamento de um dos filhos de Mata Pires, ACM e sua mulher, Arlette Magalhães, não foram.
Ex-executivo da Odebrecht, César Mata Pires controla um terço das ações da Rede Bahia e sonha em comandar o grupo de comunicação, segundo o senador Antonio Carlos Magalhães Júnior (DEM-BA). Durante a briga com Mata Pires, ACM controlava politicamente a Bahia. O senador, então, impediu que a OAS realizasse obras no Estado e ainda pressionou o ex-prefeito Antonio Imbassahy (PSDB), na época integrante da base carlista, a não pagar alguns débitos para a empreiteira.
(LF)


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