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Clodovil entra em coma profundo após AVC
Deputado federal respira com ajuda de aparelhos e seu estado de saúde é gravíssimo, segundo médicos
LARISSA GUIMARÃES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O estado de saúde do deputado federal Clodovil Hernandes
(PR-SP), 71, era gravíssimo ontem à noite. Ele teve um AVC
(acidente vascular cerebral)
hemorrágico e estava em coma
profundo, respirando com a
ajuda de aparelhos, na UTI de
um hospital em Brasília.
Os médicos responsáveis pelo acompanhamento do caso
alertaram que o risco de morte
é muito elevado e, caso ele se
recupere, as chances de haver
sequelas também são altas.
O deputado deu entrada ontem, por volta das 8h20, no
hospital Santa Lúcia, de Brasília, com quadro considerado
grave. Um assessor de Clodovil
o encontrou caído no chão, em
seu quarto, por volta das 7h. Ele
foi encaminhado ao hospital
pela ambulância do atendimento médico da Câmara.
Após estabilização dos sinais
vitais e avaliação médica, foi
implantado um catéter para a
drenagem do sangramento, na
tentativa de desfazer o coágulo.
"A hemorragia no cérebro é
muita extensa, ele não suportaria uma cirurgia", disse Benício
de Lima, um dos médicos que
acompanham o caso.
Por volta das 14h15, Clodovil
sofreu uma parada cardiorrespiratória, que pôde ser revertida dentro de cinco minutos pela equipe médica. Mas os médicos informaram, mais tarde,
que seu quadro havia se agravado. No início da tarde, estava no
nível 5 do chamado índice de
Glasgow, que mede a consciência após lesão cerebral e varia
de 15 (menos grave) a 3 (mais
grave). No início da noite, o
neurocirurgião Benício de Lima informou que o deputado
encontrava-se no nível 3.
Clodovil já havia sofrido outros dois derrames, mas ambos
de menor gravidade. O último
deles ocorreu em 2007.
Estilista e apresentador de
TV, Clodovil foi um dos deputados mais votados em 2006, com
apoio de cerca de 500 mil eleitores. Na semana passada, ele
obteve uma importante vitória
no TSE (Tribunal Superior
Eleitoral), ao ser absolvido da
acusação de infidelidade partidária. Foi julgado por trocar o
PTC pelo PR em setembro de
2007, com a alegação de sofrer
"grave discriminação pessoal".
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